quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Deve haver algum engano aqui...

O que devemos fazer quando somos obrigados a sair da nossa zona de conforto? Quando a vida muda de A pra Z, quando aquilo que era nossa rotina é completamente extinto e somos desviados a uma vida inteiramente diferente aquela que vivíamos?


Não consigo pensar em outra coisa essa semana.

Talvez seja porque esta é a primeira semana em que não estou trabalhando, depois de um ano só fazendo isso. É estranho ficar em casa, sem ter horário pra estar em algum lugar, ou hora pra acordar, por exemplo.

E sei que não sou a única a pensar assim. Esses dias uma amiga minha terminou o namoro dela de quase 6 anos, e parecia sem rumo tendo que seguir a vida dela sem a companhia de anos.

O mesmo aconteceu com um amigo próximo, que também vinha de um relacionamento longo. Ambos me perguntaram várias vezes “O que faço agora?”, e eu não soube responder.

Mas e então? O que faremos agora? Agora que nossas vidas tomaram outros rumos. Seguimos com o plano inicial? Ou devemos parar e montar uma planílha completamente diferente, baseada no que nos tornamos a partir das mudanças?

Aliás, seriam essas mudanças o bastante pra gente mudar realmente de vida? Ou só um empurrão pra gente seguir em frente, sem ter que depender de outras coisas pra tomar uma decisão?

O que acontece é que às vezes somos nós que mudamos nosso rumo. Escolhemos terminar um namoro, sair de um emprego. Só que, mesmo tendo motivos para tal, não conseguimos nos acostumar logo de cara, e dependemos do tempo, que tem um processo até estabilizar nossa situação. E o que fazemos? Simplesmente esperamos. É na espera que as coisas acontecem, mesmo que involuntariamente. É nela que conseguimos ver as coisas com mais clareza, e aceitamos as decisões que, muita vezes, são pro melhor.

Ou eu que prefiro pensar assim, pra não me arrepender do que escolhi.