segunda-feira, 25 de março de 2013

Papel



Tremeu, como tremia sempre.
Temia.
Era medo de quê?

Não dava mais.

Ele me ligou esses dias, pedindo um pouco de atenção. Desliguei o telefone aos prantos, por me sentir fraca, incapaz, inútil. Mais uma vez.

Podia parecer qualquer coisa, na verdade nem eu sabia bem o porque de tudo aquilo.
Enter e esc, pra variar.

Havia chovido e eu era um papel jogado no chão.
Molhado, eu não tinha mais utilidade.

Nem pra ele, nem pra ninguém.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Do tempo


Mais uma vez, como todas as outras vezes. Como todos os anos, como todos os dias. 
Talvez seja uma arte. Talvez seja só besteira. 
Mas devia ser admirada. 
Quanto alguém merece por segurar um choro? O choro da mesma dor de sempre. O mesmo de tempos atrás.
Toda hora a mesma sensação, a sensação que tinha certeza que um dia ia passar, que uma hora ia embora. 

Deixou o tempo cuidar de tudo, mas será que o tempo anda tão ocupado assim?

De novo, de novo e de novo. 
Segura o choro e não assume nossa verdade.

“A gente vai conseguir, a gente vai conseguir...”