sexta-feira, 30 de abril de 2010

Terceiras pessoas

“Não sei porque te considero tanto, se você nunca demostrou ser mesmo meu amigo.”, reclamou ela.

“E quem disse que eu sou?”, respondeu.


E assim seguiram.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Terceira pessoa (2)

"Eu podia ter evitado tantas coisas!", disse ela, aos prantos.
"Mas você nunca poderia prever...", tentei consolá-la, sem sucesso.

No fundo, eu sabia que ela tinha razão.

Tudo podia ter sido evitado. Não precisava ter sido desse jeito.
"A culpa foi minha. Eu deixei acontecer. Fui caminhando sem olhar onde estava pisando."
Pelo menos ela tinha noção que o erro também era dela.
"Eu podia ter agido daquela forma que agia antes... Simplesmente não acreditar nas mentiras e ignorar o que parecia tão verdadeiro... Porque não fui assim?"
"Talvez porque você precisava dessa mudança pra conseguir ser quem você é hoje.

Ela ficou em silêncio.



Já faz dois anos que ela reclama todo dia, a toda hora, daquela história que ela não escreveu.

"Sempre odiei ser mera coadjuvante!"


Com razão.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Terceira pessoa

Ela me disse que não ia conseguir sozinha. Segurou na minha mão e, chorando, implorou por ajuda. "Não consigo mais fingir ser alguém que não sou".
Não ia ser fácil.
Há alguns anos ela chora todas as noites antes de dormir. E nem todas as alegrias do mundo a faziam sorrir. Mas ela seguia, superando o insuperável.

sábado, 24 de abril de 2010

Vida em 2.0

Tô numa fase da minha vida em que acho tudo surreal. Surreal.
Irreal.
NADA parece estar realmente acontecendo.

Me sinto uma mera espectadora. Alguém que às vezes dá suas contribuições pro projeto final.
Como se a vida fosse um portal e eu apenas participante do tal jornalismo cidadão.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

...

Certo.

Meus textos são muito pessoais e isso afeta.

Às vezes me imagino daqui uns 20 anos com uma coluna em algum jornal de grande circulação, escrevendo sobre meu problemas pra todo mundo ler.
Um lance meio Carrio Bradshaw.
Não consigo pensar em outra coisa.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não existe ódio implacável a não ser no amor.

Tudo bem.
Talvez só faça sentido assim.

Sou a favor da teoria de que amor e ódio caminham juntos. Nada mais real.

Odeio você.
Mas te amo.

Faz muito sentido!
Não faz?

Eu consigo odiar com todas as forças a pessoa que mais amo. Simples. Simples e incrível.

É o ódio mais rancoroso que já senti. É absurdo. Arde.
Mas também amo. De verdade. É o tipo de "amor" mais puro, daquele que você não espera nada em troca, e só de pensar já abre um sorrisão. É um amor honesto.

E nossa relação é assim. Pelo menos é assim que sinto.
Um relacionamento esquizofrênico como nós.
Amor e ódio caminhando juntos.
Diferente da gente.
Optamos pelo ponto final, mas na verdade preferimos a vírgula.

Dois pontos. Travessão.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Just do me a favor: open your window*


Lembro que há muito tempo atrás, quando eu ainda achava que a FRESNO era uma banda emo, ruim e com músicos sem qualidade, acabei vendo, sem querer, o clipe de “Mr. Confusion”, do Beeshop.

Aquilo me deixou completamente sem reação.

Então perai: O cara que toca na banda que eu achava ruim tinha um projeto solo? E um projeto solo que era BOM?

Obviamente tratei de ouvir Fresno com calma depois desse dia. Ouvi tanto que eles foram assunto do meu trabalho final de graduação e hoje até posso dizer que sou fã dos caras e que admiro muito o som que eles fazem. Mas isso, claro, não vem ao caso.

É um fato muito curioso SIM, alguém que aprendeu a gostar de Fresno a partir do momento em que conheceu Beeshop. A coisa geralmente acontece ao contrário.



A verdade é que o tal “Lucas Silveira Beeshop-Paraíba” possui muito talento. E isso talvez não seja tão gritante pra quem acompanha de fora o trabalho do quarteto gaúcho que ele lidera há aproximadamente 10 anos (aproximadamente porque eu não sei a data correta, claro)...


Semana passada a grande novidade no twitter era o fato de que o primeiro álbum do Beeshop, intitulado “The Rise and Fall of Beeshop”, já estava disponível pra download.

Demorei pra ouvir. Não estava em casa, não tinha como baixar, enfim. Só lia os comentários de quem já tinha escutado, e tive certeza: precisava ouvir o mais rápido possível.

Não vou ser hipócrita aqui e falar “então fui na loja, comprei o CD e ouvi no carro”. Não foi assim. Entrei na comunidade dele mesmo e lá já encontrei o link pra download.

Eu já tinha algumas canções do Beeshop que faziam parte do “The Really Really I’m Sorry EP”, então já sabia que o trabalho dele era classudo. Mas as coisas sempre parecem ganhar uma magia diferente quando são BEM gravadas, não?

Ainda mais quando ganham uma roupagem diferente e mesmo assim, não deixam a essência inicial se perder.


A impressão que fica é obviamente aquela que quase todo mundo deve ter tido: O guri amadureceu. Passou de um sofredor a alguém que grita seu amor a quem quiser ouvir. Mas de um jeito sutil, que ao mesmo tempo consegue ser visceral.

A voz do Lucas se mostra melhor a cada faixa. Vai de doce a forte, intensa. Age como se tivesse interagindo com o ouvinte, como se tivesse, literamente, falando sobre sentimentos que, de fato, existiram (E ainda existem).

E talvez isso que me surpreenda no Beeshop. É um trabalho honesto. Esse é o verdadeiro Lucas. Talentoso, que mostra suas várias “facetas” e diversas influêcias musicais em absolutamente todas 13 faixas.

E essa é parte curiosa, deliciosa e incrível de um projeto solo: é só uma pessoa fazendo o som que quiser. Não são cinco caras discutindo sobre que rumo devem levar. E a não ser que o cara seja esquizofrênico, essa é a chance que ganha pra fazer o que bem entender. Aí você pensa “Fazer o que nos der na telha nos dá grandes chances de errar.” Claro. Mas não se você SOUBER o que está fazendo. E acreditem, o cara SABE.


Entre as canções, destaco aqui minhas favoritas (e que certamente mudarão ao longo do tempo, todas músicas tem um nível de prezabilidade altíssimo): a divertida “Driving All Night Long”, a viciante “Cookies”, a “de rasgar o coração” (E primeira música de trabalho do CD, que tá com o clipe pra sair!) “Come and Go” e a que até então era inédita pra mim, “Go on”.


Acho bem difícil ninguém ter um pouquinho de vontade de ouvir esse CD depois dessa rasgação de seda CONFESSA aqui. Mas, na boa... Se eu soubesse descrever melhor o que esse álbum me causou, descreveria.

Como não sei chegar nesse ponto, fica a dica: Baixem esse disco.

E depois de baixar, escutem e façam como vou fazer: comprem.


Beeshop é uma daquelas coisas que só um arquivo de mp3 não basta. A gente precisa ter em mãos pra realmente ter certeza de que é real.



Pros curiosos:

- esse vídeo mostra a grandiosidade da coisa.

- myspace

- comunidade oficial no orkut


*Só eu que acho que essa parte de "Driving All Night Long" lembra Elizabethtown? Quem já viu o filme, tá ligado: "some music needs air: roll down your windown". MUITA coincidência.







segunda-feira, 5 de abril de 2010

Definição de um texto babaca

"Coisa idiota tentar definir o que é amor". Okay, em partes é, sim. Definir qualquer coisa é complicado, não é?
E tem gente que banaliza e acha que amor é o que sente quando assiste um clipe dos Jonas Brothers. Tem gente que se fecha e diz que nunca vai conhecer o verdadeiro amor.

É que fica difícil da gente explicar uma coisa que caiu no "comum" e que as pessoas cansaram de explicar ou entender. Aí acaba servindo pra qualquer coisa.
Tipo... o emo. Porque TODO mundo acha que sabe o que é emo, e chama todo mundo de emo. "Fulano usa franja, é emo!". Quase a mesma coisa que chegar e dizer "Nossa, conheci uma menina ontem e amo ela". Porque pra cada um tem um significado. Tem o cara que sabe o que emo é e não fica chamando qualquer um por esse "rótulo". E o cara que acha que sabe tudo, e chama todo mundo de emo como se fosse um xingamento, ou como se fosse algo que pode tratar do geral.


Banal por banal...


Faz ALGUM sentido isso tudo que escrevi?