quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Espera

Eu queria saber deixar de lado essa insegurança barata que insiste em me amedrontar.
Queria saber te colocar contra a parede e perguntar "ESCUTA AQUI, O QUE TÁ ACONTECENDO?".
Mas eu viro o rosto.
Eu escondo o sorriso bobo.
Finjo que tá tudo ótimo e viro a menina de 12 anos de novo.
Aquela que se escondia atrás da mesa da escola e não contava o que sentia pra ninguém.
A gordinha descoordenada, desinteressada e que nem interesse despertava.

É esse medo idiota, misturado com um pessimismo constante, que sempre me faz andar pra trás e não entregar nada assim, logo de cara.
Fico só jogando migalhas, achando que isso vai interessar.

Quem sabe.

Te daria o mundo se fosse preciso.
Ia e voltava da China se você me pedisse pra provar o que sinto.

Mas, de novo, só sou eu aqui com meus 12 anos e minha imaginação infantil.
Aquela coisa de querer segurar na mão depois da aula e ter um ombro pra encostar a cabeça na volta pra casa.
Sem maldade, sem malícia.

Aquela coisa pura, que desperta em mim assim que você sorri.


Tomara que seja assim pra sempre.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Estação rodoviária

Eu queria me dar ao luxo de ser feliz ao teu lado. Porque vejo nos teus olhos uma vontade parecida com a minha.
Eu queria decorar o caminho da tua casa, te arrancar sorriso, te deixar sem palavras.
Queria tua companhia pra ver um filme bobo ou pra viajar sem rumo, sem roteiro.

Queria te chamar de meu só pra ser tua. E continuar me encantando como me encanto sempre que você me olha.
Queria te provar do que sou capaz, tentar, pelo menos dessa vez ser de verdade.
Esquecer de horários, trabalhos e rotinas.
Ser só nós dois, como sei que podemos ser.

Queria chegar agora e fazer teu coração arder, como você faz com o meu.

QUERIA.

Mas eu não sei perder o medo de querer.