terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Coração tranquilo

Vamos envelhecer juntos?

Vamos rir da cara dos outros e lutar MMA antes de dormir.
Fazer bolha de sabão na cozinha e comer pão de queijo como se fosse um banquete.
Deitar no sofá sem previsão de levantar, improvisar frases bobas e sem sentido quando estivermos entediados e inventar diálogos de novela mexicana pra se divertir.

Ver qualquer filme ruim, colocar qualquer roupa só pra dar tempo de almoçar naquele lugar que a gente tanto gosta.

Levantar às seis da tarde depois de dormir mais do que devia, levantar junto às seis da manhã pra ir trabalhar.

Atravessar a cidade, passar calor, pegar chuva e andar de trem, tudo pra se ver.

Tudo pra ter aquela sensação de cabeça livre, coração tranquilo.

Vamos envelhecer juntos?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bombas e calor no inverno

Essa noite foi mais uma daquelas, em que o sonho é daqueles que a gente acorda achando que foi real.
E eu levantei triste por me lembrar de cada detalhe, de cada frase, de tudo o que nem aconteceu de verdade.

Você vinha feliz, me abraçava e a gente conversava sobre tudo.

E, apesar do meu medo e da minha insegurança inicial, você insistia.
A gente se entendia como nunca.

E com toda alegria do mundo eu ouvia teus feitos e você dizia “olha tudo o que aprendi”... Vinha aquela sensação de orgulho, de ver o tempo arrumar tudo e de deixar todas as dores pra trás.

E então acordei. E não tinha pedido de desculpas, não tinha você, não tinha aquelas melodias, não tinha nada.

E aí me senti idiota, por achar que um sonho pudesse arrumar alguma coisa.
Tão idiota por perder, por ver o tempo não resolver nada, por até esquecer de você.

E de nem lembrar do que sonhei...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Orgulhos feridos e corações partidos

Tuas ações resultam na tua realidade.
Tuas frustrações podem resultar em dores. Orgulhos feridos e corações partidos.

Tuas felicidades podem se tornar numa alegria sem fim.

As projeções, sofrimento.

Você é quem escreve, você é quem decide como vai ser.

E se estragar tudo por puro egoísmo, não adianta se lamentar e se perguntar o porquê disso acontecer logo com você.

A gente não tá solto nessa. O barco tá lotado. E se virar, você não cai sozinho. Leva um monte de gente junto, leva quem ama, leva quem abraçou por carência, leva quem se interessou só por interesse fútil. Leva todo mundo.

Mas, no fundo do poço, você afoga. Solitário.
Porque depois de tantas e tantas vezes boiando no mesmo lugar, é difícil encontrar alguém que te estenda a mão em vão.

Orgulhos feridos e corações partidos

Tuas ações resultam na tua realidade.
Tuas frustrações podem resultar em dores. Orgulhos feridos e corações partidos.

Tuas felicidades podem se tornar numa alegria sem fim.

As projeções, sofrimento.

Você é quem escreve, você é quem decide como vai ser.

E se estragar tudo por puro egoísmo, não adianta se lamentar e se perguntar o porquê disso acontecer logo com você.

A gente não tá solto nessa. O barco tá lotado. E se virar, você não cai sozinho. Leva um monte de gente junto, leva quem ama, leva quem abraçou por carência, leva quem se interessou só por interesse fútil. Leva todo mundo.

Mas, no fundo do poço, você afoga. Solitário.
Porque depois de tantas e tantas vezes boiando no mesmo lugar, é difícil encontrar alguém que te estenda a mão em vão.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sem mais.

Estava sem fazer nada, e como com todo mundo que não faz nada acontece, procurei o passado.
Procurei o dos outros e até procurei o meu.

E aí bateu aquela saudade que sempre dá, quando lembro de uma época que me ofereceu o que nunca tive. Sempre falo desses tempos, das nossas noites, das viagens, do que eu nunca tinha sentido em minha vida.

E ardeu, como foi naquela vez que me atirei no chão pra chorar.
Voltei alguns anos, como se a lembrança fosse um trem que andasse em ré, me levando pro que já passou.

A gente sempre tem pressa. Ninguém abre uma porta se tem uma automática do lado. Ninguém sobe um lance de escadas se tiver uma rolante por perto. Pressa, preguiça de esperar. Chame do que quiser.
E eu sempre fui esse tipo afobado, que corre pra alcançar o que acho que é mais fácil e mais simples de conseguir.
Sempre assim. Se quero uma solução, vou conseguir. E rápido.
Foi assim por tantas e tantas vezes, até meu coração dizer "chega".
Porque a gente não consegue se não sabe esperar. Pelo menos não o que deveria ser.

Essa busca por um porto seguro me desgastou ao ponto de eu desistir. E quando tentei, só pra ver no que ia dar, larguei de mão por não me ver capacitada de gostar de alguém de novo. Como foi naquela vez que eu encarei vários quilometros pra ficar "bem".


E sabe, quem sempre desiste é surpreendido.
Esses dias me pediram pra que eu voltasse a escrever, pediram pra que eu dividisse minha felicidade poraqui.
Sou a rainha dos textos tristes, da mágoa, da rejeição.
Sempre falei tão bem de dores e desamores. Sempre tão complicado falar daquilo que me deixa bem.
Porque isso que me deixa bem, me completa e me faz levantar da cama todos os dias, é algo novo, que nem eu mesma sei explicar.
É como quando a gente coloca o pé na piscina pela primeira vez no dia. E tem que esperar um tempo pro corpo se acostumar... e logo fica bem.

Esse amor novo dá medo. Essa sensação tão boa, essa vontade de não ver o tempo passar, tudo isso de ver que a vida vale a pena... assusta.
Assusta o medo de perder de novo.
Não quero voltar a escrever aquelas palavras tão pessimistas e doloridas.

É uma coisa nova.
É transbordar amor pelos dedos.
É explodir cada vez que tento controlar o que sinto.


Surpreendente como o medo.
Mas é ele que me abraça e me diz todas as noites: "vai ficar tudo bem".

E com toda a fé que ele trouxe pra esse coração tão fraco e descrente, eu fecho os olhos e desejo com toda força do mundo pra que fique, mesmo.

Porque, quem sabe... até já ficou.