sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Marcelo Tas em mais de 140 caracteres.
















Ontem tive o prazer de assistir a uma palestra do meu ídolo de infância (e grande inspiração profissional), Marcelo Tas. O que mais pareceu como uma conversa entre amigos, teve como tema “Inovação: a criatividade na era digital”, e fez parte do Congresso de Gestão de Pessoas ABRH – RS, o CONGREGARH.

E agora você se pergunta “Que diabos a Renuska estava fazendo em um evento voltado a administração?”. Obviamente, quando me falaram a respeito do evento, fiz questão de me inscrever (e também de pedir licença no trabalho para sair mais cedo, claro), pois durante toda a faculdade tive o Tas como uma espécie de “espelho” do tipo de jornalismo que deveria fazer depois de formada. Imaginem só, se eu tivesse 25% do talento que ele tem para televisão! Já estava feita!


O que mais me chamou atenção foi que aquela palestra poderia Ter sido realizada em qualquer lugar, em qualquer evento, mesmo tendo uma ênfase voltada a Empresas e Recursos Humanos. Acho que nunca vi uma pessoa tão a vontade em palco, dominando cada tópico tão bem, e sabendo interagir com a platéia de um jeito que ninguém sentia o tempo passar.

Marcelo Tas falou sobre sua infância, o impacto na tecnologia em nossas vidas, e também na dele. Usou exemplos pessoais, experiências próprias, aproximando cada vez mais os presentes a sua conversa.


O momento mais interessante foi quando ele resolveu falar sobre o Twitter. Eu certamente era uma das pessoas mais novas ali sentadas, e por isso foi engraçado ver o tipo de reação que os profissionais mais velhos tiveram durante este assunto. Os usuários do Twitter devem concordar comigo: É difícil demais explicar esse site pros outros! Sempre ficamos com cara de idiotas enquanto nos olham, dizendo “Nossa, mas que inútil!”. Mas ontem a coisa foi diferente. Tas usou tanta naturalidade e bom humor, que aposto que todos saíram dali com vontade de “arriscar a vida” em 140 caracteres.

Segundo ele, o Twitter é feito para ouvir, pois já falamos demais. As empresas já falaram demais, em propagandas em revistas, jornais e na TV. E por isso, devem buscar na ferramenta um lugar para escutar seus clientes, e descobrir o que podem mudar para melhorar.


Enfim. Definindo então minha tarde de Quinta-feira: Fantástica.


Uma pena ele estar atrasado, e Ter que sair correndo para o aeroporto. Marcelo Tas é uma daquelas pessoas fascinantes, que temos vontade de só olhar enquanto fala, sem parar, sem intervalos, e sem interrompermos uma só vez, de tanta magia que se cria no clima por decorrência de uma experiência profissional tão grande, e um talento absurdo. Talento esse que, por “culpa” da humildade, acaba se tornando cada vez mais encantador.



Por isso que, quando eu crescer, quero ser como ele.

Mas, se possível, com cabelo.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

E nada mais importa. MESMO?

Há muito tempo não tenho tempo para escrever. Sempre chego em casa cansada, o que resulta apenas numa mente funcionando non-stop e várias idéias soltas, surgindo sem a possibilidade de serem postas em prática.

Culpa de que?

Culpa de uma meta que criei ano passado. Eu apenas esperava conseguir me formar na faculdade e sair de Santa Maria. Começar uma “carreira” no interior do estado do Rio Grande do Sul não seria um grande problema, mas me via apegada demais a Capital.

Nada de deslumbres, nada de “não nasci para morar em uma cidade que só tem um teatro”, e nem tantos motivos pessoais. Nada disso. Eu apenas me sentia tão em casa em Porto Alegre, que acreditava que a cidade poderia Ter mais a me oferecer. E tinha, de fato. Creio que ainda tem, na verdade. Mas isso não vem ao caso, pelo menos não agora.


Depois de Ter conseguido me mudar, e de ter arranjado um emprego, passei a ser um ser humano que vivia apenas no automático: acordava muito cedo pela manhã, ia trabalhar, chegava em casa já pensando no trabalho do dia seguinte e mal desligava a cabeça para conseguir dormir bem. Não recomendo essa vida pra ninguém. Somos mais do que uma mera rotina calculada, com horários de entrada e saída. Se nos entregamos a ela, o resultado não se torna satisfatório; e por mais que tenhamos um salário justo e “gordo”, dinheiro não compensa.

A cada dia me esforço mais pra não transparecer a rotina de “proletariado”, sem tempo livre, e até mesmo sem finais de semana, já que a carga de trabalho exige que gravemos no Sábado e no Domingo. Decidi que não posso me entregar a uma vida que não me faz tão bem, e que me dá tanta dor de cabeça e nas costas, pelas horas sem fim sentada em frente ao computador, ou em pé, encarando uma câmera.


Muito tempo para pensar sempre resulta em conclusões bem trabalhadas, mesmo que a possibilidade seja de você imaginar coisas e criar histórias fantasiosas em sua cabeça. Essa talvez seja a vantagem da criação automática.

Eu, eterna defensora do laptop embutido nos seres humanos (seria tudo tão mais fácil!), acredito que se escrever é uma necessidade “fisiológica”, como é para mim, não podemos deixar a rotina estragar nosso funcionamento.

Quero, mais do que nunca, Ter tempo livre, de sobra, pra dar e vender, para ficar na frente de uma janela do Word e escrever livremente, sem hora pra acabar. Ou, porque não, sentar e escrever numa folha de papel, como fazia nos finais de semana sem nada pra fazer.


Estou me esforçando ao máximo para não deixar a inspiração fugir de mim. Agarro-a pelas perninhas, digo “Volta aqui, desgraçada!”, e tento não desperdiçá-la.

Talvez a errada seja eu, preguiçosa e sem saco para organizar as idéias depois de um longo dia de trabalho. Mas me esforçarei.

Vou passar por cima do INSS, do Vale-alimentação e até mesmo do banco de horas.


A partir de agora a meta muda. Nada de mudanças físicas, ou desejos inacabados por uma vida amorosa cor-de-rosa (até porque neste ponto não tenho do que reclamar. Só que sério). Não evitarei mais minhas idéias. E esta decisão tomo por mim. Do mais puro egoísmo que um terráqueo pode Ter ao querer colocar em prática suas próprias vontades.

E nada mais importa.


















Claro que importa que o expediente começa Às 8h em dias de gravação, e por isso preciso acordar às 6h30 para me arrumar... O que significa que preciso dormir cedo, e não vou poder ficar acordada até tarde... E tem também o dia em que gravamos externas, e a agenda lotada, e os prazos de entrega... e o fato de que gravamos todos os finais de semana e isso extermina minha vida social... quanto será que custa para embutir um laptop no corpo?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Covardia não é nada?

E o David Letterman, hein?

Pra quem não sabe, um dos maiores apresentadores de talkshow americano (senão o maior) traiu a esposa com uma estagiária. Isso dessa vez. Anteriormente teve vários casos extraconjugais com funcionárias, mulher de funcionários e o diabo a quatro.


Não tiro a razão dele.

Afinal, quem nunca foi vítima de uma traição? Que casal nunca sofreu desse mal? E quantos terráqueos já foram alvo daquela péssima posição, de ser “o outro”? Faz parte do passeio no planeta.

O Sr. Letterman, pelo menos, teve coragem de assumir a covardia. Afinal, muita gente ainda acha que engana todo mundo, quando na verdade só engana a si mesmo. Esse tipo de sensação não fica pra sempre, já aviso. Uma hora a pessoa se dá conta da burrada que faz/fez/tá fazendo.


Sabe como é. Toda mulher curte um cafajeste, sim, pelo menos uma vez. Mas não tem NADA pior que homem covarde. NADA. E isso a gente não perdoa.


Já passei daquela fase de achar que todos os seres humanos são iguais. Mas a maioria, infelizmente, tem falhas graves. E essa necessidade de tentar buscar algo fora daquilo que possui, infelizmente, é absolutamente comum. Aliás, é assim com quase tudo na vida. A gente sempre acha a grama do vizinho mais verde, não? Pena que algumas coisas não contentam algumas pessoas por completo.


Eu, particularmente, não entendo ao traição. Não entendo por questão de consciência. Talvez eu seja “correta e justa” demais, e não consiga errar deste jeito pra olhar nos olhos de quem foi vítima da cagada que fiz. Arrependimento mata sim. Nem que seja aos poucos.

Mas mesmo assim, também não entendo como tem gente que gosta de rúcula, e como algumas pessoas escutam Britney Spears e acham absolutamente comum.


Mas não vamos nos enganar aqui. Fechar os olhos pra realidade é fingir que as coisas não existem.

Homens, mulheres, pessoas erram. O que nos resta, mesmo? Somos um bicho complicado. Queremos além do que podemos, mas não podemos também nos aprisionar nos nossos pensamentos.


Você já parou pra pensar que às vezes quem tá do teu lado vale muito mais a pena que todo o mal-estar por tantas mentiras e desculpas?

Neste caso, é só levar a vida como uma balança, e pesar o que realmente vale a pena.

Se o lado esquerdo for mais favorável que o direito, siga em frente.

Mas ficar no meio, naquela encruzilhada, sem tomar decisões sobre suas ações, demonstra fraqueza.


Mas claro... quem somos nós pra julgar? Cada um sabe o que faz da vida. E como diria minha avó: “Sua alma, sua palma”.


Agora, se a esposa do Letterman aceitar ele de volta, depois de tanta humilhação... deve ser MUITO amor, mesmo. E quanta coragem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Começo do nada.

“Se não tem tempo nem pra viver, como vai ter tempo pra um blog qualquer?”

Exatamente. E sei como ando trabalhando mais do que devia, sem finais de semana e sem tempo pra ter uma vida decente. Mas escrever é uma necessidade fisiológica, e há tempos ando adiando este blog.
Já usei esse espaço pra falar da fase traumática do Trabalho final de graduação (maldita monografia!), já desabafei e expus meu coração durante uma experiência traumática e que me levou um pedaço, já falei sobre pessoas que não merecem nem meu “bom dia”, enfim...
Hoje falo de qualquer coisa.
E quero poder falar do que eu quiser, como quiser, independente se alguém vai concordar.

Como eu digo: É difícil ser você mesmo sem parecer um idiota. Mesmo você sendo um.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Critiqueoquepuder

Meu maior defeito de “jornalista metida a crítica que nem sabe do que fala” é que eu, realmente não sei escrever resenhas sobre filmes.

Pode parecer inútil.

É inútil.


Mas esses dias tava tentando juntar comentários sobre um filme que assisti e me dei conta de que nunca conseguiria passar tais idéias pra um “papel” (página de Word, na verdade).

A primeira e única resenha crítica sobre um filme que fiz foi num trabalho pra cadeira de Redação Jornalística, na faculdade. Acho que falei sobre a Fantástica Fábrica de Chocolate...A versão do Tim Burton, claro (e claro não porque prefiro esta a antiga, e sim porque na época tava em “voga” – adoro essa expressão. Já comentei sobre isso?)


Não lembro o que disse, como disse, nem que nota tirei. Acho até que fui bem (como em toda aquela cadeira, por incrível que pareça), mas... Sabe quando você quer fazer uma coisa e descobre que existem vinte e cinco milhões de pessoas que são tão boas quanto você? E não que você desista, você simplesmente passa a procurar por alguma coisa em que VOCÊ é melhor.

Acredite, na vida tudo acontece com base nessa idéia.

Simples assim.