segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"It all just goes to show how nothing I know changes me at all."


Eu sempre vou te odiar, e acho que isso não muda assim, logo.

Tu é a responsável pelo meu choro sem fim, culpada por tudo o que eu fingia não ver.

Sei que tu não tem culpa, e que na real quem deveria me odiar é você, mas no fim acaba inevitável.

Pra mim você sempre será a errada, a que fez ele perder tempo, a que eu não consigo ver nem de longe.

É a pessoa que evitei saber que existia, mas que no fundo sempre aparecia, pra acabar com tudo o que eu mostrava sentir.


Mas igual, eu não tinha direito de criticar...


Hoje eu tô feliz, mas ainda lembro com dor do que passei. E talvez por isso te ver ainda doa tanto, porque talvez pudesse ser diferente.

Quero que você saiba que sinto muito pelo que podia ter sido toda essa confusão, e que sinto muito por ti também. Hoje, além de lembrar de toda parte ruim, sinto pena da mentira que tu vive, e diz ser tão perfeita. Sinto pena das fotos tiradas no dia em que esteve comigo também, e da noite que deve ter começado com alguma desculpa esfarrapada pra terminar em mim.

Desculpa por quase estragar anos de construção. Eu só tava tentando ser feliz. Tipo você.


domingo, 18 de janeiro de 2009

"Pode ser cruel a eternidade, eu ando em frente por sentir vontade."


Uma hora a ficha cai.

A gente passa um longo tempo enrolando o que tá pra acontecer, negando uma coisa que é importante. A gente finge que é só um dia a mais, não faz muita questão de achar que é algo grandioso. Mas é. E quando nos damos conta dessa grandiosidade, tudo muda. Os olhares são diferentes, a seriedade se assume.

Não se trata apenas de uma noite, ou um ritual de passagem. É algo definitivo. Talvez por isso eu queira tanto as pessoas que gosto do meu lado. Aquelas responsáveis pelos 4 anos malucos, intensos e bem aproveitados. Aquelas que no primeiro ano me abraçaram com um sincero “parabéns”, e que hoje farão o mesmo.

Não se trata só de festa, bebida, comemoração. Pelo menos não pra mim. É bem mais que isso. É o resultado do que juntei, finalizando o que serei a partir de hoje.

Pego todos os momentos que passei até hoje que me fizeram uma pessoa melhor. Desde de uma briga na saída da nossa primeira festa, até a cara de decepcionada por morar tão longe dentro de um táxi.

Amanhã não vou mais pegar aquela bolsa e dizer “mãe, to indo”. Talvez eu pegue a mala, e diga “fui!”, quando já tiver fechando a porta. E essa é minha maior vontade. Vontade de finalmente ser o que bolei por esse tempo, de finalmente me ver livre pra ser quem sou.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"E eu que achei que não podia mais sentir meu peito tão apertado de saudade."

Não tenho mais volta, e isso me assusta.
É como se tivesse atravessado uma linha e a porta tivesse fechada.
Não posso mais voltar.

Pela primeira vez eu só vejo pra frente. E mesmo que esteja com medo de tudo o que pode vir (e até daquilo que pode nem chegar), não quero olhar pra trás.
Quero pegar na tua mão e te repetir tudo o que já disse, segura de que isso não vai mudar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Só pra "fechar".




Não tem nada mais pra você aqui:
mensagem, fim de tarde, lágrimas ou saudades.
É o fim de um dia longo demais. Considerei todas as possibilidades pra corresponder às suas vaidades.
Na verdade eu cansei do papel de vítima.
Uma semana, um ano, eu sei, foi um bocado, mas nunca é o bastante ser o injustiçado (e eu sempre insisto em estar errado). Não tem nada mais pra você aqui: aquele abraço apertado, o espaço vago do meu lado. É o fim de um dia longo demais. Fiz de uma garoa tempestade por não controlar a minha ansiedade. Na verdade eu não sei disso tudo o que virá, mas quanto mais a luta for difícil e intensa, no fim melhor será minha recompensa. Só tenho que me lembrar: vai passar todo sofrer, e tudo de mal que acontece na minha vida me incentiva a melhor ser. Vai passar. Vai passar. O tempo passa, a vida encontra o seu lugar. Vai passar. Vai passar. Há sempre uma saída, um jeito de mudar.


http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=58410





é difícil passar de um lado pra outro. só pra que tu saiba. é bem difícil.

mas mesmo que mude... espero que tu saiba².


"Diz, pequena, pra que olhar pra trás se meus pés já saíram do chão?"


Não sei como, mesmo. Uma semana.
Uma semana e me colocaram de ponta cabeça. Na verdade uma parte de mim grita enquanto pede pra eu segurar a barra e esperar, pra não quebrar a cara de novo, e não me jogar tão sem pensar assim.
Mas outra parte meio que não liga pra essas coisas e só me faz lembrar dar horas que passo longe de ti pensando que podia tar contigo. É o lado que mais me "atinge" quando tô contigo, e que me faz perguntar "e agora, o que a gente faz?".

Odeio minha mania de querer procurar solução pra tudo. Por mais que um pedaço tenha mudado, no fundo vejo que sigo a mesma. Tô muito bem assim.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Recomeço.

"Every new beggining comes from some other beggining's end"


Vamos pensar assim: quando alguém resolve se jogar num precipício, é porque não tá nem aí pras conseqüências. Fica claro que essa pessoa não se importa com a queda, nem com as seqüelas que pode ganhar se sobreviver a ela.

Talvez eu seja a única que pense no pulo e no impacto com o solo antes de se jogar.


Sempre que penso nisso, lembro de um comentário que um ex-colega meu de colégio deixou no meu fotolog antigo, há alguns anos. Ele dizia que eu era uma espécie inatingível, e que nunca tinha conhecido alguém igual. Lembro que rolou algo do tipo “todo mundo tentava, mas você nunca facilitava pra ninguém. E no final das contas, tu se tornou uma espécie de prêmio, e o vencedor seria o cara que conseguisse te ‘dobrar’”.


Realmente não brinco quando digo que sempre fui inabalável e “dona” dos meus sentimentos. Mas quando resolvi me jogar MESMO no precipício pela primeira vez, decidi faze-lo sem pensar. Ali eu perdi a casca que me protegia, perdi toda minha força. Me tornei num ser previsível, e muitas vezes desprezível pelo que dizia, fazia e principalmente pelo que sentia. Não tem um dia sequer que não pense nisto tudo sem arrependimento. E não, não é culpa pelo que passei, e sim pelo que fui capaz de fazer. Situações inesperadas pra pessoas que não sabem lidar com o acaso, é quase que uma pegadinha do Malandro. E a vida não facilita.


Depois de tal episódio e de tantas feridas, remendos e lágrimas (e quantas lágrimas, devo dizer), tinha certeza que uma hora ia ter que voltar a ser como antes. E talvez tenha voltado pior. A casca cresceu de novo, e muito mais grossa. Já a força... vai voltando aos poucos. Ainda me prega peças e me faz tropeçar, mas sempre me lembra que tem um pouco ali. E quando eu to prestes a cair, sempre dá pra sugar a força de outra pessoa.

Eu não saberia o que fazer, e a situação de espera pra que tudo passasse me deixava angustiada. Nesse meio tempo parei de me importar comigo mesma, e ignorei o fato de que alguém um dia disse que eu era “difícil”. Já que a cagada tava feita, fui colocar a cereja no topo. De nada adiantou. Ninguém me deixou melhor, nenhum sentimento sequer passou por perto de mim. Tudo era tão descartável que por um instante achei que nunca mais ia ser capaz de sentir alguma coisa por alguém.


Mas é sempre assim. Quando você menos espera, com quem você nunca imaginava. Eu não sabia que alguma coisa dessas era capaz de bater na minha porta de novo. Mas quando você se vê na frente de alguém te olhando, e que você simplesmente não consegue olhar nos olhos direito, não por falta de confiança, mas por medo de não passar pra essa pessoa o exato frio na barriga e falta de ar que ela te passa... Eu nem sabia mais como era.


O que atrapalha agora é a vontade de se jogar de novo sem pensar no que pode acontecer, mas com muito medo de ter que sofrer novamente com as conseqüências. Não quero passar de novo pelo que passei, apesar de pensar sempre que foi algo necessário. Ao mesmo tempo, não quero que desta vez dê errado. Não quero jogar fora, e também não quero deixar passar do ponto que o limite pode permitir.

Mas esse é apenas o começo de algo que sinto que ainda vai dar muito o que falar. Pelo menos pra mim.