domingo, 27 de dezembro de 2009

O (patético) caleidoscópio humano

Os seres humanos tem manias bizarras, não?
Possivelmente aqui ninguém sabe que tenho pânico de avião. Pois é. Clichê, mas tenho.
Desde os meus 9 anos, quando caiu aquele Fokker 100 da TAM. Lembro que umas duas semanas depois da tragédia fomos visitar minha família no Rio, e ÓBIVO que fomos num Fokker 100. Naquela vez só consegui me acalmar quando a comissária me levou até a cabine do Comandante e ele me garantiu que estava tudo bem e que já estávamos prestes a pousar.

Desde aquela vez nunca mais consegui viajar tranquilamente. Fiz vários tratamentos, tomei remédios que nunca fizeram efeito e outros que até ajudaram, mas a verdade é que só conseguia voar tranquilamente quando me concentrava e via a "besteira" que nosso psicológico pode ser. E como é tão fascinante, a ponto de nos pregar peças, e ser mais forte que a gente, como se fosse algo a parte, em anexo.
E é incrível, mesmo. O medo todo é completamente inútil, pelo menos no meu caso. E eu tenho toda certeza do mundo que é desnecessário, mas não é absurdo como a gente não consegue vencer alguma coisa que não é visível, que é apenas interna?
Lembro que lá pelos meus 12 ou 13 anos eu tentava me concentrar, me distrair... e para tal lembro que rezava sem parar, achando que ia adiantar. E o pior, é que nunca rezava Ave Maria, porque dizia “agora e na hora de nossa morte”. HORA DE NOSSA MORTE? Achava absurdo eu pedir ajuda na hora da minha morte. E, por isso, repetia o Pai Nosso incansavelmente, porque dava pra pedir pra que fosse feita “a vossa vontade”... quem teria vontade de um desastre aéreo? Nãaao, nem pensar, impossível. E patético.

Agora já no chão, e sem planos de voar tão cedo, fico pensando nesse meu medo idiota, que poderia ser BEM pior se fosse pânico de sair na rua, por exemplo. Que, cá entre nós, seria muito pior... Imaginem se cada vez que eu colocasse o pé na rua tivesse que me concentrar pra não sair correndo!

Analisando todos os fatos, a cada dia tenho mais certeza, e não me restam dúvidas que a mente das pessoas é uma coisa bizarra, mas genial. Terráqueos são complicados, intrigantes, confusos... Um caleidoscópio, já diria um conhecido meu.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Seja maduro: apague a ilusão de quem tem caráter tem tudo na mão

Apesar de o ter deixado de lado algumas vezes, caráter é algo de extrema importância.

É bom amarrar um numa cordinha e levar pendurado no pescoço, pra não perder.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Para não dizer que não sou melosa.

Quinta-feira, 03 de dezembro de 2009. Data marcada para o segundo show da banda Móveis coloniais de Acaju em Porto Alegre.

Infelizmente, também data do dia em que trabalhei por 15 horas seguidas e fui obrigada a fazer o trajeto pra casa em tempo recorde, pra não perder tal apresentação. Mas isso não vem exatamente ao caso.



Assumo nunca ter sido fã assídua de MCA. Lembro que os conheci na mesma época em que descobri Vanguart, e naquela época Hélio Flanders me pegou pela mão e me levou embora. Até tinha o Idem (primeiro álbum do Móveis) perdido pelo meu computador, mas ouvi muito pouco, verdade.
Apesar disso, sabia que o show deles era considerado imperdível, e me senti como o último ser humano da Terra quando perdi a primeira apresentação dos brasilienses em solo gaúcho, no Gig Rock do ano passado.


Mas esse ano, quando fiquei sabendo que tocariam no Porão do Beco, não deixei escapar. Cheguei cedo, enfrentei fila, fiquei muito tempo em frente ao palco, em pé, sem sair do lugar, esperando o espetáculo começar. E sim, que belo espetáculo!


Nos primeiro minutos de show me perdi um pouco do mundo. Na verdade, a sensação ali era de que só aquele lugar existia. Esqueci que tinha trabalhado demais, que tinha gente me empurrando, que fazia muito calor e até mesmo nem lembrava que teria que estar às 7h30 no trabalho no dia seguinte.

Não sei se era a música, a banda em si, o clima, ou as pessoas ao redor. Só sei que entrei em êxtase, como se estivesse anestesiada.


Tá, agora você pensa “nossa, quando exagero só por causa de um show!”. Tudo bem, eu também achava isso quando várias pessoas vinham me falar de que o show dos caras era divino. Mas eles conseguiram superar TODAS minhas expectativas. E elas não eram poucas!


Fazia muito tempo que não me divertia desse jeito, e que não me entregava tanto a um show. Aliás, acho que nunca vi uma banda tão boa em palco. Sou fã de vocalistas carismáticos (Acho essencial, na verdade), mas assumo ter ficado boba por ter que lidar com uma banda INTEIRA de puro carisma. Eles pareciam ter tanta confiança uns nos outros, por ficarem andando em círculos no palco, sem saber direito o próximo passo a tomar. Mas talvez sejam apenas loucos. Viviam cada segundo ao máximo, e isso era notável cada vez que sorriam e tiravam com a cara de alguém da banda, durante alguma canção.


Me senti um pouco boba, verdade, por saber apenas umas 5 canções num set list de umas 15 músicas, em que o público cantou todas, sem parar, às vezes soando até mais alto que o vocalista, André Gonzales. Mas a verdade é que você não consegue não entrar na brincadeira deles. É como se você comprasse uma passagem pra uma viagem, e não pudesse parar na metade do trajeto. Você não consegue. E também não quer.


Fico realmente feliz em ver que temos uma banda com tanta qualidade em nosso país, e mais ainda, que está no caminho de ter o reconhecimento que merece. Pois todo mundo deveria ouvir Móveis. E por mais que por um instante passe por nossas cabeças “Imagine um dia que tocarem num lugar grande, como o Opinião. Será que a apresentação perde a magia?” a gente logo se dá conta de que esse egoísmo é tolo, e que TODOS mereciam pelo menos uma noite de Seria o rolex?, a roda em Copacabana, a chuva de papel em Adeus e o encanto de O Tempo.


Saí do Porão sem sentir meu corpo. A perna parecia não querer obedecer o cérebro, mas consegui chegar em casa. Acordei ainda sob efeito do show, sem conseguir assimilar o que havia acontecido.

Agora, às 23h de Sexta-feira, dia 4, sigo do mesmo jeito. Mole de sono, cansada por culpa de mais 15 horas de trabalho que resolveram atrapalhar meu dia. Mas embriagada pela magia de ter visto, certamente, um dos shows mais fantásticos da minha vida.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Not good enough.

Preciso parar com a mania de sempre observar todos a minha volta, tentando imaginar suas histórias, de onde são, o que fazem ali.

Olho pros lados e fico me perguntando se aquelas pessoas são felizes, ou se são apenas “pau mandado do relógio”, como eu.


Mas o que acontece é que as quatro paredes ao meu redor não me bastam.


Minha mente vai bem além disso.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Redundância

Quantas vezes já te perguntei o porque de tudo isso?
Não desisto fácil daquilo que não entendo.
Mas às vezes a insistência se torna inútil,
massante e impossível,
E você, na verdade, não tem nada a dizer.

Já pedi desculpas, e me afasto pra não repetir o mesmo erro.
Mas me sinto como um equívoco permanente
quando estou longe de você.

Então me repito em teus dias,
minha presença se torna uma constante,
e tão cedo não saio daqui.
Fixo meus pés na tua vida,
e no fim, sou assim:
Uma redundância aceita pela gramática,
que, apesar de ser um erro, torna-se indispensável.
Como você.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Síndrome Buttondiana MENTAL

Descobri esses dias que sou um ser humano sem paciência para pessoas desocupadas. Mas quando digo desocupadas, não quero falar de gente que, por algum motivo, está desempregada, ou sei lá, deu azar e não tem um estágio, por exemplo.
Falo dos desocupados de espírito, que utilizam do seu tempo livre para realizar coisas tão desnecessárias quanto ir de carro a padaria da esquina pra comprar bala em um dia ensolarado de agradáveis 24ºC.

Às vezes nos deparamos com pessoas que se dizem gozar de tanto potencial, quando na realidade perdem tempo NOS fazendo perder alguns minutos que, na conta final das horas “vividas” do dia, seriam preciosos.
De verdade, tenho um pouco de pena dessas pessoas, pois sei o que passa em suas cabeças. Não se trata de um comportamento definitivo, é uma fase. Been there, done that. Mas talvez eu tenha tido sorte, por ser uma adolescente desocupada, que corria atrás de bobagens pra completar um vazio típico da época. Coisa normal de quem tem 15, ou 16 anos.
Mas quando vemos ADULTOS fazendo esse tipo de coisa, nos perguntamos: vocês não tem mais o que fazer, não?
Vamos ver... Vai ver um filme! Quem sabe lavar umas roupas, não? Arrumar o quarto! Ou talvez saia de casa pra tomar um café,
pegar um ar, ver gente.
Porque, realmente, ficar ESTORVANDO a vida dos outros só pra se sentir um pouco mais “preenchido” e menos “rejeitado”... é o caminho certo para a regressão... Um Bejamin Button mental.
E, cá entre nós... tenha dó!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Marcelo Tas em mais de 140 caracteres.
















Ontem tive o prazer de assistir a uma palestra do meu ídolo de infância (e grande inspiração profissional), Marcelo Tas. O que mais pareceu como uma conversa entre amigos, teve como tema “Inovação: a criatividade na era digital”, e fez parte do Congresso de Gestão de Pessoas ABRH – RS, o CONGREGARH.

E agora você se pergunta “Que diabos a Renuska estava fazendo em um evento voltado a administração?”. Obviamente, quando me falaram a respeito do evento, fiz questão de me inscrever (e também de pedir licença no trabalho para sair mais cedo, claro), pois durante toda a faculdade tive o Tas como uma espécie de “espelho” do tipo de jornalismo que deveria fazer depois de formada. Imaginem só, se eu tivesse 25% do talento que ele tem para televisão! Já estava feita!


O que mais me chamou atenção foi que aquela palestra poderia Ter sido realizada em qualquer lugar, em qualquer evento, mesmo tendo uma ênfase voltada a Empresas e Recursos Humanos. Acho que nunca vi uma pessoa tão a vontade em palco, dominando cada tópico tão bem, e sabendo interagir com a platéia de um jeito que ninguém sentia o tempo passar.

Marcelo Tas falou sobre sua infância, o impacto na tecnologia em nossas vidas, e também na dele. Usou exemplos pessoais, experiências próprias, aproximando cada vez mais os presentes a sua conversa.


O momento mais interessante foi quando ele resolveu falar sobre o Twitter. Eu certamente era uma das pessoas mais novas ali sentadas, e por isso foi engraçado ver o tipo de reação que os profissionais mais velhos tiveram durante este assunto. Os usuários do Twitter devem concordar comigo: É difícil demais explicar esse site pros outros! Sempre ficamos com cara de idiotas enquanto nos olham, dizendo “Nossa, mas que inútil!”. Mas ontem a coisa foi diferente. Tas usou tanta naturalidade e bom humor, que aposto que todos saíram dali com vontade de “arriscar a vida” em 140 caracteres.

Segundo ele, o Twitter é feito para ouvir, pois já falamos demais. As empresas já falaram demais, em propagandas em revistas, jornais e na TV. E por isso, devem buscar na ferramenta um lugar para escutar seus clientes, e descobrir o que podem mudar para melhorar.


Enfim. Definindo então minha tarde de Quinta-feira: Fantástica.


Uma pena ele estar atrasado, e Ter que sair correndo para o aeroporto. Marcelo Tas é uma daquelas pessoas fascinantes, que temos vontade de só olhar enquanto fala, sem parar, sem intervalos, e sem interrompermos uma só vez, de tanta magia que se cria no clima por decorrência de uma experiência profissional tão grande, e um talento absurdo. Talento esse que, por “culpa” da humildade, acaba se tornando cada vez mais encantador.



Por isso que, quando eu crescer, quero ser como ele.

Mas, se possível, com cabelo.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

E nada mais importa. MESMO?

Há muito tempo não tenho tempo para escrever. Sempre chego em casa cansada, o que resulta apenas numa mente funcionando non-stop e várias idéias soltas, surgindo sem a possibilidade de serem postas em prática.

Culpa de que?

Culpa de uma meta que criei ano passado. Eu apenas esperava conseguir me formar na faculdade e sair de Santa Maria. Começar uma “carreira” no interior do estado do Rio Grande do Sul não seria um grande problema, mas me via apegada demais a Capital.

Nada de deslumbres, nada de “não nasci para morar em uma cidade que só tem um teatro”, e nem tantos motivos pessoais. Nada disso. Eu apenas me sentia tão em casa em Porto Alegre, que acreditava que a cidade poderia Ter mais a me oferecer. E tinha, de fato. Creio que ainda tem, na verdade. Mas isso não vem ao caso, pelo menos não agora.


Depois de Ter conseguido me mudar, e de ter arranjado um emprego, passei a ser um ser humano que vivia apenas no automático: acordava muito cedo pela manhã, ia trabalhar, chegava em casa já pensando no trabalho do dia seguinte e mal desligava a cabeça para conseguir dormir bem. Não recomendo essa vida pra ninguém. Somos mais do que uma mera rotina calculada, com horários de entrada e saída. Se nos entregamos a ela, o resultado não se torna satisfatório; e por mais que tenhamos um salário justo e “gordo”, dinheiro não compensa.

A cada dia me esforço mais pra não transparecer a rotina de “proletariado”, sem tempo livre, e até mesmo sem finais de semana, já que a carga de trabalho exige que gravemos no Sábado e no Domingo. Decidi que não posso me entregar a uma vida que não me faz tão bem, e que me dá tanta dor de cabeça e nas costas, pelas horas sem fim sentada em frente ao computador, ou em pé, encarando uma câmera.


Muito tempo para pensar sempre resulta em conclusões bem trabalhadas, mesmo que a possibilidade seja de você imaginar coisas e criar histórias fantasiosas em sua cabeça. Essa talvez seja a vantagem da criação automática.

Eu, eterna defensora do laptop embutido nos seres humanos (seria tudo tão mais fácil!), acredito que se escrever é uma necessidade “fisiológica”, como é para mim, não podemos deixar a rotina estragar nosso funcionamento.

Quero, mais do que nunca, Ter tempo livre, de sobra, pra dar e vender, para ficar na frente de uma janela do Word e escrever livremente, sem hora pra acabar. Ou, porque não, sentar e escrever numa folha de papel, como fazia nos finais de semana sem nada pra fazer.


Estou me esforçando ao máximo para não deixar a inspiração fugir de mim. Agarro-a pelas perninhas, digo “Volta aqui, desgraçada!”, e tento não desperdiçá-la.

Talvez a errada seja eu, preguiçosa e sem saco para organizar as idéias depois de um longo dia de trabalho. Mas me esforçarei.

Vou passar por cima do INSS, do Vale-alimentação e até mesmo do banco de horas.


A partir de agora a meta muda. Nada de mudanças físicas, ou desejos inacabados por uma vida amorosa cor-de-rosa (até porque neste ponto não tenho do que reclamar. Só que sério). Não evitarei mais minhas idéias. E esta decisão tomo por mim. Do mais puro egoísmo que um terráqueo pode Ter ao querer colocar em prática suas próprias vontades.

E nada mais importa.


















Claro que importa que o expediente começa Às 8h em dias de gravação, e por isso preciso acordar às 6h30 para me arrumar... O que significa que preciso dormir cedo, e não vou poder ficar acordada até tarde... E tem também o dia em que gravamos externas, e a agenda lotada, e os prazos de entrega... e o fato de que gravamos todos os finais de semana e isso extermina minha vida social... quanto será que custa para embutir um laptop no corpo?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Covardia não é nada?

E o David Letterman, hein?

Pra quem não sabe, um dos maiores apresentadores de talkshow americano (senão o maior) traiu a esposa com uma estagiária. Isso dessa vez. Anteriormente teve vários casos extraconjugais com funcionárias, mulher de funcionários e o diabo a quatro.


Não tiro a razão dele.

Afinal, quem nunca foi vítima de uma traição? Que casal nunca sofreu desse mal? E quantos terráqueos já foram alvo daquela péssima posição, de ser “o outro”? Faz parte do passeio no planeta.

O Sr. Letterman, pelo menos, teve coragem de assumir a covardia. Afinal, muita gente ainda acha que engana todo mundo, quando na verdade só engana a si mesmo. Esse tipo de sensação não fica pra sempre, já aviso. Uma hora a pessoa se dá conta da burrada que faz/fez/tá fazendo.


Sabe como é. Toda mulher curte um cafajeste, sim, pelo menos uma vez. Mas não tem NADA pior que homem covarde. NADA. E isso a gente não perdoa.


Já passei daquela fase de achar que todos os seres humanos são iguais. Mas a maioria, infelizmente, tem falhas graves. E essa necessidade de tentar buscar algo fora daquilo que possui, infelizmente, é absolutamente comum. Aliás, é assim com quase tudo na vida. A gente sempre acha a grama do vizinho mais verde, não? Pena que algumas coisas não contentam algumas pessoas por completo.


Eu, particularmente, não entendo ao traição. Não entendo por questão de consciência. Talvez eu seja “correta e justa” demais, e não consiga errar deste jeito pra olhar nos olhos de quem foi vítima da cagada que fiz. Arrependimento mata sim. Nem que seja aos poucos.

Mas mesmo assim, também não entendo como tem gente que gosta de rúcula, e como algumas pessoas escutam Britney Spears e acham absolutamente comum.


Mas não vamos nos enganar aqui. Fechar os olhos pra realidade é fingir que as coisas não existem.

Homens, mulheres, pessoas erram. O que nos resta, mesmo? Somos um bicho complicado. Queremos além do que podemos, mas não podemos também nos aprisionar nos nossos pensamentos.


Você já parou pra pensar que às vezes quem tá do teu lado vale muito mais a pena que todo o mal-estar por tantas mentiras e desculpas?

Neste caso, é só levar a vida como uma balança, e pesar o que realmente vale a pena.

Se o lado esquerdo for mais favorável que o direito, siga em frente.

Mas ficar no meio, naquela encruzilhada, sem tomar decisões sobre suas ações, demonstra fraqueza.


Mas claro... quem somos nós pra julgar? Cada um sabe o que faz da vida. E como diria minha avó: “Sua alma, sua palma”.


Agora, se a esposa do Letterman aceitar ele de volta, depois de tanta humilhação... deve ser MUITO amor, mesmo. E quanta coragem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Começo do nada.

“Se não tem tempo nem pra viver, como vai ter tempo pra um blog qualquer?”

Exatamente. E sei como ando trabalhando mais do que devia, sem finais de semana e sem tempo pra ter uma vida decente. Mas escrever é uma necessidade fisiológica, e há tempos ando adiando este blog.
Já usei esse espaço pra falar da fase traumática do Trabalho final de graduação (maldita monografia!), já desabafei e expus meu coração durante uma experiência traumática e que me levou um pedaço, já falei sobre pessoas que não merecem nem meu “bom dia”, enfim...
Hoje falo de qualquer coisa.
E quero poder falar do que eu quiser, como quiser, independente se alguém vai concordar.

Como eu digo: É difícil ser você mesmo sem parecer um idiota. Mesmo você sendo um.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Critiqueoquepuder

Meu maior defeito de “jornalista metida a crítica que nem sabe do que fala” é que eu, realmente não sei escrever resenhas sobre filmes.

Pode parecer inútil.

É inútil.


Mas esses dias tava tentando juntar comentários sobre um filme que assisti e me dei conta de que nunca conseguiria passar tais idéias pra um “papel” (página de Word, na verdade).

A primeira e única resenha crítica sobre um filme que fiz foi num trabalho pra cadeira de Redação Jornalística, na faculdade. Acho que falei sobre a Fantástica Fábrica de Chocolate...A versão do Tim Burton, claro (e claro não porque prefiro esta a antiga, e sim porque na época tava em “voga” – adoro essa expressão. Já comentei sobre isso?)


Não lembro o que disse, como disse, nem que nota tirei. Acho até que fui bem (como em toda aquela cadeira, por incrível que pareça), mas... Sabe quando você quer fazer uma coisa e descobre que existem vinte e cinco milhões de pessoas que são tão boas quanto você? E não que você desista, você simplesmente passa a procurar por alguma coisa em que VOCÊ é melhor.

Acredite, na vida tudo acontece com base nessa idéia.

Simples assim.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nota "ao pé da página"

Nesses dias eu me lembrei de quando fiz minha monografia, e como sofri com o que chamam de “pequenos detalhes”. Essas partes mais delicadas de um trabalho cansam. É como na vida. Aquelas coisinhas que parecem simples e que deixamos pra última hora, SEMPRE nos quebram as pernas. Aquelas que não são nossa prioridade.

A nota de rodapé¹, por exemplo. Explica e justifica um termo utilizado no corpo do texto.
Ela é chata. Nos atrapalha. A julgamos inútil, deixamos pra última hora. É uma daquelas coisas que quando lembramos de fazer, colocamos a mão na testa e reclamamos até conseguirmos terminar.
É como se fosse uma coisa não bem vinda, que a gente faz meio na correria, “nas cocha”. Mas que no resultado se mostra de GRANDE importância pro trabalho final.

A nota de rodapé na vida justifica MUITO das nossas ações. Pode ser considerada inútil, mas se existe, é por alguma razão.
E em algumas vezes, se trata até mesmo de uma explicação sobre nós mesmos.
Sobre o que procuramos, o que somos, e porque às vezes cometemos os mesmos erros.
A nota de rodapé da vida, ao contrário daquela do nosso trabalho final de graduação, explica muito mais do que uma palavra perdida no meio de outras tantas. Mas é algo que também precisa de atenção e de muito cuidado. Afinal, aquilo que nos explica, é o que nos define.


Por isso que, depois da minha monografia, decidi dar mais atenção às notas de rodapé.
Elas dizem bem mais do que julgamos.







¹"Notas de rodapé" é uma canção inédita do novo álbum da TÓPAZ, ainda sem data pra lançamento.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

De abril de 2009

tinha medo de assumir o que sentia.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

happiness is a warm gun

Vamos tentar falar de felicidade, então. Comentar sobre esse sorriso quase fixo.

...

Porque é tão difícil?

A partir do momento em que comecei guardar na gaveta o insuperável, perdi completamente a inspiração.

Isso já tinha acontecido antes, é só dar uma lida nos arquivos deste blog.

Talvez só a felicidade já baste. Entendem?

Se a gente começa a escrever, é pra “suprir” a falta de algo, pelo menos comigo é assim.

Escrevo e me sinto completa.

Agora não preciso mais.




Se bem que... to escrevendo aqui, não to?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

.

O ponto final é um sinal de pontuação que serve para indicar o final de uma frase. Marca uma pausa absoluta.

  • Exemplo:
    • "Eu te amo."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_final

quinta-feira, 2 de julho de 2009

By the time that we get through, the world will never ever be the same

Ah, a mudança.
Faz parte de todo este processo, atingirmos um patamar em que quase nada mais importa.
Sabe quando se faz coisas sem pensar em receber nada em troca? É quase isso.
Um dia você passa a gostar TANTO de alguém/alguma coisa, que já não interessa o que acontece daí pra frente. Só esse amor todo já te completa, te contenta, e conforma (não 100%, porque SEMPRE rola um DRAMA, mas enfim).

Ontem acordei assim.
Acordei sorrindo. Li e-mails antigos que me fizeram chorar, mas que me lembraram COMO eu já consegui ser 99,9% feliz, e que no fundo, só depende de mim mesmo ser deste jeito (já diria o Valentín).

Quando digo que é janeiro de novo, é porque coisas boas tão acontecendo. É porque tô feliz, é porque se melhorar, estraga. Janeiro me fez bem, foi como uma rajada de ar fresco num dia abafado, quase como aqueles que já presenciei tantas vezes em Santa Maria.
Quero mais que NUNCA conseguir manter esse nível, manter a constante e não me perder no meio do caminho, como fiz outras vezes.

A espera agora não é mais sentadinha naquele canto que você me deixou. É uma espera ativa, porque, de fato, o tempo cura tudo. E por mais que tenha demorado e que tenha sido um saco ficar sentada lá, eu levantei feliz da vida e otimista pelo o que SEI que está por vir.

Não vou deixar meu pessimismo me derrubar. Não agora.
Não tô chutando o balde, e nem to desistindo de tudo o que acredito. MUITO pelo contrário. Tô fazendo o que tu me ensinou a fazer, tô finalmente conseguindo pegar TUDO aquilo que aprendi e colocar em prática.

Não tem sensação melhor.

terça-feira, 23 de junho de 2009

E cada vez que desisti de tentar, o teu olhar cruzou o meu.

Eu to disposta a mudanças, pronta pra destoar.
É sempre assim. Sempre rola essa vontade de fazer tudo diferente, mas no fundo eu quero me manter a mesma.
Eu queria coisas boas, e na verdade já as tenho. Tenho muito, até demais se for pensar. Sou uma pessoa de muita sorte, mas, como já é de se esperar, sempre falta alguma coisa.
No meu caso, falta um pedaço.
Não importa quem levou esse pedaço e ainda não me devolveu, importa que quero de volta. E querer isso que me pertence dói. Não to falando de você, muito menos EM você. É sobre mim.
Porque é muito fácil, como já disse inúmeras vezes, entrar e sair da vida de uma pessoa achando que não causou nada. Mas acredite, não é nada simples ter que limpar a bagunça que deixam na gente. Falta uma lista de divisão de tarefas nesta vida. Sujou? Lava. Bagunçou? Arruma. Decepcionou? Pede desculpas.

Custa?

Deve custar. Porque eu sigo pedindo para que o tempo passe depressa, porque afinal, me falaram que “o tempo cura tudo”. Eu sigo calculando e me frustrando com todo mundo que passa, e não, não consigo estar satisfeita.

Quero meu pedaço de volta, eu me dava tão bem com ele. Quero mudar logo, porque cansei de parecer quem nunca fui. Preferia ser mesmo amarga por nunca ter sentido, do que ser amarga por ter se machucado.

Quero meu pedaço porque sei que assim a mudança vai ser eficaz. Há tempos já eu digo que vou mudar e tu me faz voltar atrás.

Cansei do vazio da mesmice.

Quero ter certeza do que digo quando falo que já não vejo a gente com os mesmos olhos.
Ta na hora de você parar de me fazer perder.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

covardia.txt

Observando os dados, dava pra ver como iria ser o resuldado,
mas nós nunca poderiamos prever o que iria acontecer.
Se for pra jogar pela sorte, prefiro confiar em mim.

Sentimentos ignorados misturados com toda aquela melancolia.
Deve ser fácil se esconder e não ser quem você é! Difícil é ser como eu.
Eu queria saber ser como você, covarde,
também queria parecer saber o que fazer.


A errada aqui sou eu, por buscar honestidade,
por ser sincera com o que sinto.
A errada sempre fui eu, por acreditar no teu egoismo,
por acreditar em você.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

what she did to us was tragic

Será que alguém já tentou entender os seres humanos? Será que alguém REALMENTE tentou? Algo do tipo... parar, analisar e tirar conclusões baseadas em observação. E conclusões eficazes, nada de “são todos iguais”, que generaliza, ou “alguns se salvam”, que não são convincentes.

Será que alguém pelo menos tentou?

Se sim, por favor, me apresentem a essa pessoa.

Gostaria de apertar a mão dela e de enfatizar como deve ser uma pessoa de MUITA coragem.

E aí sim, eu serei alguém de MUITA sorte.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

This is the start of something really big, but right now, I gotta go.

Tá ligado naquela cena final do Garden State?
A Natalie Portman olha pro Zach Braff e diz algo do tipo: “mas olha pra gente! Isso que a gente tem não acontece sempre, não é comum!”

Lembrei dessa cena esses dias.

São filmes com coisas assim que me fizeram montar todo um esquema mental de que um dia eu ia achar alguém afudê, e que ia meio que rolar toda aquela sensação de “completo” e “alegria nota dez”.

O que os filmes não me ensinaram é que eu ia encontrar, ia achar afudê, mas ia perder, pra vida ficar rindo da minha cara enquanto diz“HAHA, VOCÊ ACHOU ALGUÉM FEITO PRA TI MAS NÃO PODE TEEE-EEER!”.


Entendem agora porque tudo isso?

Se tu não viu ainda, veja.



Andrew Largeman: Fuck, this hurts so much.
Sam: I know it hurts. That's life. If nothing else, It's life. It’s real, and sometimes it fuckin’ hurts, but it's sort of all we have

sexta-feira, 5 de junho de 2009

a gente pode mudar.

The dawn is breaking, a light shining through. You're barely waking and I'm tangled up in you. But I'm open, you're closed. Where I follow, you'll go. I worry I won't see your face light up again.
Even the best fall down sometimes, even the wrong words seem to rhyme. Out of the doubt that fills my mind, I somehow find, you and I collide.
I'm quiet, you know. You make a first impression. I've found I'm scared to know
you’re always on my mind.
Even the best fall down sometimes, even the stars refuse to shine. Out of the back you fall in time, I somehow find, you and I collide.

Don't stop here, i've lost my place. I'm close behind

Even the best fall down sometimes, even the wrong words seem to rhyme…Out of the doubt that fills your mind, You finally find, you and I collide.



http://www.youtube.com/watch?v=JTz7rhommHI

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Calculista.txt

Nem posso recolher meus pedaços,
agora ando com falhas por culpa dos remendos.
Me cortaram e esqueci de cicatrizar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Você cresce, mas parece que o berço não tem fim

Dizer a mesma coisa com palavras diferentes é... uma arte.

Penso todo dia sobre como “superar” melhor o que já foi em partes superado e nunca consigo exatamente escrever.

Falo sempre a mesma coisa, utilizando outras letras, outras expressões. Mas aquilo MESMO que quero falar, não sai.

Se rolasse de olhar na tua cara e dizer, também não iria sair.

Talvez eu já tenha dito aos poucos, em doses homeopáticas. Mas eu queria dizer tudo ao mesmo tempo. Ah, essa mania do tal texto pronto, ensaiado.

Eu queria poder me explicar. Deixar tudo muito claro. Às vezes acho que passo por idiota e quero só dizer que não é bem assim.

Ou será que é?

E aí sigo aqui, me achando o ser humano mais insignificante do mundo, por ter que lidar com essa tal realidade.

Será que por eu não saber exatamente o que tu acha é que penso que não me faço clara quando falo?

Faz sentido.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Just.

As melhores pessoas do mundo, de fato, existem.
Só falta elas se darem conta disso.

Tipo aquelas pessoas inteligentes que não precisam estudar pra prova, e as menos desprovidas de inteligência que se matam estudando.

O primeiro tipo não dá valor pro que tem.
O segundo só quer tentar ser melhor.



Saca?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

E aí, vida, o que tu me diz?

Porque a gente não consegue segurar a forma que reagimos quando alguém está prestes a nos decepcionar, MESMO tendo provado diversas vezes ser mais fraco do que imaginávamos?

Porque às vezes gente que parece ter tanto potencial nos deixa tão abalados? E porque seguimos botando fé nelas?

Porque que eu acredito que um dia tu vai se tornar o ser humano que é (era) aos meus olhos? E o que falta pra isso acontecer?

E até lá, eu vou seguir assim, decepcionada? Tu vai seguir mostrando tuas fraquezas? É isso?

Cheguei num ponto em que EU to desapontada comigo. Pelo jeito que vejo as coisas e como reajo a tudo. To bem mais brava comigo do que contigo. Eu me mesma me arraso, bem mais do que tu já conseguiu me arrasar.


Arde aqui, sabe? Arde ver que eu me empenho a toa, e que no fundo a revolta toda é meu escudo contra o que me deixa mais vulnerável na Terra. Eu mantenho uma distância pra não querer ter que me desapontar de novo, mas são só 5 minutos de força. Depois tudo se transforma num mar de arrependimentos e sorrisos falsos.


Como que se resolve isso? Como que se resolve o mal resolvido?

Morro de medo de ver tuas mesmas ações e desperdícios com outra pessoa, outra pessoa que CERTAMENTE não vai sentir e nem sente 1% do que eu já ousei sentir e sinto.

Porque aqui falta o ar, sabe? Aqui a circulação fica mais rápida.

E sempre tento me esconder da forma mais idiota.

Mas não dá. Tu me deixa assim, exposta.


Um dia aprendo (mas to começando a cansar dessa coisa de "um dia", "no futuro...", "quem sabe lá pra frente".

Vou ter que me "contentar" com os que restaram, MESMO?




Superar, a gente supera.

Mas aceitar aquelas coisas que são injustas... aaaah, aí é brabo.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

afinal...afinal.

Sou o ser humano mais cheio de amor do MUNDO.



Mas me sinto TÃO vazia.

Palavras pra explicar o que não se explica

Queria deixar o cabelo crescer, mas cortei de novo.
Falei que ia emagrecer, e comprei um pacote de Trakinas.
Pensei em beber menos, e comprei uma Polar.

Falei que ia parar de tirar esmalte com a unha, mas sigo aqui com as unhas descascadas.
Comentei que ia me vestir melhor, e comprei outra camiseta com dizeres engraçadinhos, igual a toda as outras guardadas no meu armário.


Prometi pra mim mesma que ia parar de ocupar minha mente pensando bobagens inúteis sobre nós dois, e sigo aqui, escrevendo sobre o vazio que tu me deixou.

Porque aí... assim como não agüento ver meu o cabelo passando do ombro, e de não suportar muito tempo sem Trakinas de morango, é só te ver sorrindo pra mim que TUDO o que eu quero fazer é conseguir é sorrir de volta. Mas eu perco o ar, e não consigo te olhar direito. Não sei mais olhar nos teus olhos, ou me sentir a vontade do teu lado. Perdi a coragem. Aquela do início, lembra?
Por isso eu só quero conseguir sorrir.
Só sorrir de volta e nunca mais pensar em nada.

Eu quero tu.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Comentando comentários

Não que alguém de fato leia isso daqui.
Mas a Silvana, minha ex-chefe e uma grande amiga, fez um comentário que MUITO deixou mais e mais claro o que eu quis dizer sobre o ser humano.
Segue o que ela escreveu:

A vida é um caos, Renata. Tu não tem como controlar algumas coisas. Uma vida "direitinha" é o que tu deseja para ti? Esta tua preocupação em ser sincera contigo mesma me parece meio forçada. A gente não precisa ficar repetindo para a gente mesmo isso. Ou se é ou se não é sincero consigo mesmo. Teu texto parece de uma pessoa que está decepcionada com as outras porque elas erram. Tu não faz parte disso? Tu não faz parte deste mundo de pessoas que erram? Tu criticas o egoísmo, mas está envolta em um mundo que parece que é só teu? Ou não?


Como já disse pra ela em resposta ao comentário, EU sou egoísta como TODO o ser humano. Mas como já deve-se imaginar, a minha "crítica" foi pra um caso de erro comum de seres humanos que não se importam com os outros. E são pessoas de TANTO potencial... que me desapontaram de uma forma absurda.

A Silvana faz parte do grupo que eu dizia de honestiade. Por isso acredito nas pessoas honestas, tipo ela. Não to aqui pra querer confete. To aqui pra levar na cara e aprender, mesmo. Afinal, a vida não é pra isso?


Só não me chama de forçada, Sil, sem saber o que eu quero dizer.
A "forçação" talvez esteja em quem vê.
Ou não.

Make me believe.

Um dia entenderei os seres humanos.
Vou sacar porque alguns arriscam sentimentos, botando o coração em jogo.
Porque tem gente que faz questão de viver das aparências por puro comodismo, ignorando claramente o que “viver” de fato significa.

Porque tem gente que diz A e faz B, porque existem pessoas que fazem promessas, mas não ligam se as cumpriram ou não.

Não quero seguir o caminho ridículo que é o de simplesmente cruzar os braços e dizer que perdi a fé nos pobres terráqueos. A real é que, talvez, a minha vontade de entender seja nada mais, nada menos, do que apenas FÉ mesmo de que os que vi errando, um dia vão aprender, vão “fazer por merecer”.



Eu mesma já aprendi muita coisa nesse meio tempo, e acho que o que mais faz sentido é aquilo de “ser sincero consigo mesmo”.
Estar de consciência limpa e tomar atitudes baseadas no que você acredita e preza. Independente dos deslizes que provam a falta de qualquer pingo de sanidade, o importante é não TE enganar. Pois ser honesto consigo mesmo já é o primeiro passo pra ser honesto com a vida. E aí, pra viver “direitinho” é questão de tempo. Me dei conta disso há algum tempo, mas de nada adianta a gente falar e não realizar, né? Porque aí sim, de honestidade nisso não existe nada.

O tal do “peito aberto”, de um ano atrás, segue igual. Eu sigo tentando. Talvez mais fria e mais calculista, mas bem mais ligada de que tem MUITA gente que precisa rever as atitudes que toma, e largar um pouco desse egoísmo doentio de pensar SÓ em si mesmo, tomando atitudes que causam conseqüências, mas largando o “estrago” de lado, porque no fundo é fraco demais pra assumir de frente as coisas que fez.
Porque, cá entre nós, ser sincero com você mesmo é uma coisa, e ser egoísta é outra COMPLETAMENTE diferente.



O que eu sei é que o tempo vai passar e nada do que eu sinto vai mudar. Todo mundo sabe disso.
A oscilação que vai de raiva até amor vai seguir, eu tenho certeza. Assim como as tais comparações que um dia achei que fossem acontecer (e claro, acontecem com todo mundo, imagino).

Bora lá. Eu não perdi a fé naquilo que acredito e que me faz bem. E isso, unido com o ponto de tentar ser sincera comigo mesma, ta causando um BAITA impacto aqui. Sou capaz de colocar um empenho absurdo pra ver as coisas acontecendo do jeito que deveriam acontecer.
E tudo vai se acertar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

cansaço repetitivo.

Toda minha honestidade vai por água abaixo. Todas as palavras dão de cara com o “real”, e aí, do que adianta falar? Sentir torna-se inútil.
Me disseram esses dias que ando de costas pro mundo, que não me dou mais a chance de experimentar o novo. Talvez porque o antigo seja tão bom, apesar de inseguro e quase inexistente.

A verdade é que isso aqui é um vazio não preenchido, que buscou conteúdo e foi tudo em vão.
Me dá raiva ver que algumas pessoas jogam fora tanto empenho, me dá raiva ver gente brincando de malabarismo com o sentimento dos outros. Tenho medo de “me abrir” pro mundo e ser só mais uma bobalhona que é feita de idiota enquanto acredita em quem diz “estar ao lado”.

Observando de fora eu vi que “eles são TÃO iguais...” e eu não quero ser igual, não quero ter essas mentiras camufladas pra mim. Quero fugir desse comum ridículo, que todos fingem não ver, que as pessoas tapam o olho pra tentar viver de forma mais comum aos demais.
Não sou mais a babaca que ia cada vez que me chamavam, apesar de ter que lutar muito pelo que sinto pra não fazê-lo.
Brigo diariamente comigo e oscilo entre o amor e o ódio, me decepcionando a cada vez que me encanto.

Quero que quebrem a cara e sofram pra aprender, porque eu sei, uma hora VÃO aprender. Mas é isso, enquanto não quero que passem pelo o que eu passei por gostar demais pra conseguir querer que aprendam da forma difícil. Quero que se dêem mal com a mesma intensidade que quero que consigam o que querem. Torço com a mesma vontade que zico. To de peito aberto com o coração na mão.

Um dia a vontade mostra o porque de existir.
Um dia as respostas vão chegar, e talvez isso não tenha me feito desistir ainda.
Essa longa espera pelo nada é o que me faz pensar duas vezes, mas é o que me faz seguir.
Um dia o maior desperdício da face da Terra vai valer a pena, tem que valer. As coisas não podem ser assim, em vão.
Quanta decepção pra uma pessoa só! E quanta vontade de ser covarde como todos vocês e fugir de tudo... mas se uma pessoa não tentar mudar... quem é que vai?

sábado, 2 de maio de 2009

émuitoamor

Odeio essas coisas de etapas. Tipo etapas pra superar uma dor, pra esquecer alguém, pra se recuperar de uma cirurgia. Não gosto dessas coisas de “o tempo vai resolver”. Porque leva tempo. E não tenho paciência.

Por isso não suporto escada rolante. Pra que esperar se a gente pode chegar lá de uma forma mais rápida?


No último caso, rolou um lance de etapas sacana. Foi mais ou menos assim:


Primeiro, doeu pra caramba. Essa é a pior parte, e geralmente a que demora mais. E não tem esse lance de “depende de ti quanto tempo vai durar”. Na real o que depende de ti é a intensidade da dor. Mas a duração é uma merda, e se arrasta até a hora que tiver que ir. Lembrando que sempre é pior se tu tiver que conviver com a pessoa.


Depois, veio uma raiva absurda. Bem do tipo “filho da puta, tu vai ter o que merece e eu vou fazer tu comer o pão que o diabo amassou!”. Geralmente nessa fase a gente sofre, mas é mais “vingativa” a coisa, e não interessa o quanto tu goste daquilo, tu vai fazer questão de manter distância, achando que isso vai adiantar alguma coisa. Bem do tipo “tua janelinha de msn vai aparecer e eu nem vou te dar oi, PORQUE HOJE TO DO MAAAAL!”. É completamente inútil, mas pode ser gritante se, de novo, você ter que conviver com a pessoa.



Aí vem um sentimento de culpa. “Caaaaaaaara, como sou idiota em achar que isso ia adiantar alguma coisa, coitadinho né?” É a fase mais engraçada, porque tu tenta resolver as tuas cagadas sem parecer apelativo. Fica na base do malabarismo pra dizer “eu gosto tanto de ti” sem parecer um “é recaaaalque e eu te amo!”. Por motivos óbvios.

E depois... depois passa. Passa e tu não tenta mais manter distância, e não dói mais. Os malabarismos são inúteis e desnecessários.E tudo fica bem. Porque SEMPRE fica, e as coisas se resolvem. Só que leva tempo. E se a intensidade do que tu sente for ENORME... assim será o tempo também. E assim será também o que tu sente pela pessoa depois da “cagada” toda.



Mas o ponto que quero chegar aqui não é esse. E sim quando tu passa por todas as etapas, fica 99,9% bem e escorrega na porcentagem achando que não vai causar nada. HÁ, idiota.

Só de pensar que eu vou ter que passar pelas etapas de novo... aaaaaaaaaahh não.

E não adianta. Pode me dizer o que quiser. Eu to num misto da dor, com a raiva... com oscilações e com momentos de ”Mas é isso. Que merda” ! Ushduysagfuasygdsafsf


É muito amor, mesmo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem é o imaturo aqui?

Tem gente que chega a ser ridícula por remoer tanto o passado.
Óbvio que depende de cada um o que significa passado, e quando as coisas realmente ficam pra trás, mas tem gente que prova a imaturidade nas atitudes. E dá pena.

Eu sei que ao teu ver não tenho direito de ter minha opinião sobre esse assunto, aliás, sobre nenhum que envolvam essas pessoas, e como me falaram uma vez, “gente que não tem nada a ver fica se metendo”. Mas agora tem a ver comigo, e posso sim retrucar.

Do que adianta tomar as dores de uma decisão que já foi tomada e não tem volta? E quando acontece alguma coisa com alguém, será que é gratuitamente? Ou foi porque mereceu?
Ah, não custa pensar nisso.

Tem gente que parece ter 12 anos, num corpo de quase trinta. Tem gente que desperdiça tempo, palavras, queima o próprio filme. Tem gente que não tem aquilo que seres humanos chamam de bom senso.

Simples assim.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vou te obrigar a desistir

Não consigo mais escrever. Não consigo começar, não sei mais desenvolver.

Talvez seja a cabeça cheia, talvez seja a falta de importância que o “drama” tem agora.
Talvez seja o fato da inspiração principal dos últimos meses ter se tornado só mais um na prateleira.


Só talvez.

terça-feira, 7 de abril de 2009

As coisas não doem mais como costumavam doer.
Ações geram conseqüências. Mas depende muito da gente o jeito que serão essas tais conseqüências.
Eu sou a mesma pessoa de sempre, mas com outras prioridades.
Acredito ter chegado finalmente no ponto em que queria chegar, apesar de precisar de alguns ajustes.
Não sinto exatamente falta de nada, e acho que consegui fazer parte do que queria fazer.

Escorreguei e consegui finalmente não me importar com a queda. Sabe porque? Porque era algo inusitado, mas já esperado.
A magia da tragédia anunciada é exatamente essa: uma hora passa a ter graça.
As coisas acontecem, paciência. Do que adianta se remoer por cada tropeço? E pra que fingir que nada aconteceu? É a vida, batista.
Nossas ações tem conseqüências, mas ainda depende da gente que tipo de reação isso causa. No meu caso, consegui finalmente voltar a ser “inabalável” como era até 2008. E só consegui isso depois de desidratação por lágrimas, coração partido sem remendos e vários tapas na cara da maldita realidade. Ah, a realidade. Realidade agora que é minha prioridade, pois eu cansei de viver na fantasia.

Assumo minhas “tarefas”, a obrigação de ter que tomar posição e decisões, escondendo atrás da casca forte uma farsa que, apesar de decepcionante, virou uma grande e dramática ironia.

De novo, paciência.
É conhecendo as pessoas que a gente se conhece também, e às vezes uma única noite decida toda uma história mal resolvida.
Uma hora. Esse foi o tempo em que um ano da minha vida passou a fazer sentido, a ser engraçado e apenas algo que, assim como fui um dia, pode ser descartável.

As lágrimas que caírem daqui pra frente, cairão pedindo pelo futuro, apenas.

Meu passado virou... passado.
Finalmente.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

“Não há nada pra temer, eu sei. O problema é botar isso na cabeça dura que não entra nada.”


Algumas coisas sobre mim talvez sejam necessárias, ou talvez eu as ache necessárias.

Quem sabe quando a gente pensa demais, acaba rolando um lance desses, tipo um “manual de instruções” nosso.

É um manual bem típico, igual aos outros, mesmo. Ele ta ali pra facilitar sua vida, mas você dificilmente consegue usar. É assim com eletrodomésticos, é assim com pessoas também (e talvez por isso nem cabeças e nem corações venham com um manual, porque assim como aquele da LG time machine que nunca consegui sacar, se você também tivesse um, eu ficaria sempre em dúvidas de como utilizar da maneira correta).

É como uma tentativa desesperada pra entender alguma coisa. Sabe? “Ah, não lembra que botão apertar? Lê no manual”.
Se pudesse ser assim com pessoas também... não iria adiantar de muita coisa. Quantas e quantas vezes já não rolou de seguir passo a passo do que um manual dizia e não adiantar nada?
E se isso acontece com aparelhos de só uma função, imagine com as pessoas. “Como fazer o filho da mãe me ligar” ou “como fazer o mal humorado sorrir”... pois é. Inutilidade pura.

Mas okay. Às vezes nem tem muito que fazer. O manual quase sempre vem de fábrica, quer você queira ou não.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Escrevo muito. Entendo pouco.

Escrevi quatro páginas.

Quatro páginas sobre nós dois.

Quatro páginas que deixariam tudo muito claro, que te fariam respirar mais aliviado, que me fariam mais tranqüila.

Quatro páginas que falam que nem sempre desapego é esquecimento.
Quatro páginas que seguem me afundando no assunto mais insuportável.

Quatro páginas que seriam o ponto final se fossem levadas a sério.



Quatro páginas que preferi guardar, pra não ter que lidar com tudo de novo.



Quatro. Somos quatro.

A gente sempre soube.

quinta-feira, 12 de março de 2009

____.doc

Porque alguns blogs pessoais são mantidos em segredo? Se é pra ser segredo, porque os textos estão sendo publicados? E você vem querer enganar dizendo que não quer que a pessoa pra quem você escreve leia... ah, quer sim. Esse tipo de personalidade não engana.

Palavras postadas no endereço que ninguém tem. Que você coloca o link discretamente em outro lugar, pra que alguém leia apenas em caso de sorte sua.


A contradição.
É o segredo mantido batendo de frente com a vontade de gritar pro mundo.
Puro orgulho pra não demonstrar fraqueza através da honestidade de nossa fragilidade (que se esconde muito bem por trás de uma escrita que mostra certo nível de conhecimento/intelectualidade – mesmo com erros absurdos, mas que são ignorados pela verdade que fala mais alto).





Somos mais parecidas do que imaginávamos (mas no fundo sempre soubemos).

segunda-feira, 9 de março de 2009

Andei pensando. Posto no meu fotolog sobre como a vida é malvada comigo, mesmo sendo muito boa, e aqui busco consolo em palavras que pedem pra sair de mim.
Tanta melancolia passa por meus dedos e atinge o teclado do computador, tudo pra resultar em um número exato de caracteres, unidos por saudades, mágoa, e lembranças até do que não vivi.

Queria poder me explicar melhor. Talvez não citar nomes, mas saber dizer exatamente o que se passa em mim, porque sempre acho que sou mal compreendida. Nunca me sinto clara o bastante. Ouso dizer que nem tudo é dor, e que um bom pedaço meu é alegria pura. Mas sempre que releio textos vejo como passo essa idéia de ser mais pessimista do que realmente sou (apesar de ser muito).

Me inspiro através dos meus dias, sempre com vontade de contar com minhas palavras o que aconteceu. É a minha visão das coisas, então obviamente é como minha cabeça processa, o que nem sempre pode resultar na realidade. Mas a vontade de falar é grande, como se fosse algo patológico. Parece que se eu não escrever, não poderei mais seguir a diante, não poderei mais viver e um pedaço vai ficar faltando. A partir do momento em que tive o ápice de inspiração, perdi um pouco do meu controle. Essa necessidade se misturou com obrigação pessoal, e se não escrever, me sinto até um pouco estranha, como se não fosse eu. Não sei se isso acontece com outras pessoas.
Não consigo sentar e me obrigar a escrever. Falar de tudo é um ato natural, que sai de mim independente do lugar onde eu esteja, com quem esteja, como esteja. Por isso sempre brinquei que o ser humano devia vir com um laptop embutido na barriga. Me facilitaria muita coisa.

Quando passei a escrever pensamentos sobre meu cotidiano, comecei a postar tudo no fotolog. Era inútil. Além de pessoas comentarem apenas sobre a foto que era postada, ninguém dava bola pro assunto, pro humor, enfim, pra nada. Por diversas vezes fechei os comentários, buscando ver na postagem só um sentimento de satisfação pessoal, como se só a publicação fosse o bastante. E é. Mas irritou. Então fiz o blog. E sempre que me proponho a ler os arquivos, me assusto com a quantidade de tristeza que muitas vezes posso passar através das palavras. Não é exatamente essa a intenção.

A tristeza de fato existe, e é resultado do que noto com essa minha visão das coisas. Mas não é o todo, juro que não. Às vezes ignoramos as partes boas das coisas, mas se sentarmos pra analisar, vamos ver que no sofrimento há um grande aprendizado, e porque não, uma felicidade plena. Eu me sinto assim. Me sinto tão triste por ver coisas dando errado, e por talvez ter desperdiçado tempo. Me sinto fraca por não controlar a realidade, por ter medo de falar algumas coisas que talvez nem devam ser ditas, e por não saber o real motivo de algumas ações de uma pessoa específica. Mas ao mesmo tempo dou risada do que passei, vendo como os tapas na cara foram bons, e como às vezes eu mesma causei o caos, tentando ter o controle de todas as ações.

Me tranqüiliza saber que posso ainda tentar arrumar alguns estragos e que ainda existe aquele sorriso que faz tudo ficar mais fácil (em partes).
Não vou mudar minha vida, não vou modificar meu jeito pra que daqui pra frente as coisas mudem do curso. A melancolia aqui é gritante, mas tão bem humorada que já me vi misturando risos e lágrimas, por ver graça naquilo que virou típico na minha vida.

Não sou 80% alegre, mas sei que não são 80% de tristeza. Há uma oscilação grande, e níveis ainda não fixos. Mas mesmo assim, a busca pela parte boa me faz sempre variar as porcentagens, sempre me surpreendendo. Não importa se quando busco, busco de forma errada. Já vi muita coisa boa no erro, e talvez siga vendo.

Vou em frente sem esperar nada, mas esperando muito. Querendo coisas específicas, coisas que sei que quero, apesar de muitas vezes negar através do silêncio.
Não quero que a alegria pareça orgulho, e que a tristeza mascare a realidade. É tudo verdade. E por isso é tão natural.

quinta-feira, 5 de março de 2009

confiança.doc

Confiamos nas pessoas porque cremos que elas confiam na gente também. É simples assim. Um sentimento mútuo: eu acredito naquilo que me é acreditado de volta.

Acreditei em ti como uma palhaça. E de repente todas as reclamações e mágoas fizeram sentido. O passado todo foi justificado, e os sinais de aviso, mesmo que com um pequeno atraso, se tornaram grandes placas, fixas no nosso caminho.
Essas placas hoje se encontram penduradas nas paredes do meu quarto, pra que não esqueça nunca do que tentaram me ensinar. São a prova da minha decepção, sou eu relutando pra não repetir meus erros, pra não correr atrás de você (e nem ceder caso você venha).

Dói muito ver a ironia nos teus olhos, o sarcasmo que sai dos teus dedos. Essa tua necessidade de tentar ser maior, de sair como o vencedor. Atitude esta que não passa de pura cegueira, negando ver o erro que é mais claro do que todo sentimento que esteve aqui um dia.

Mais uma vez lido com a decepção. Mais uma vez vejo e afirmo que este é o pior sentimento do mundo, e que NADA muda minha reação. Mas uma vez me levanto da queda com medo de ter confiança em alguém, com medo de estender a mão até pra quem pareça merecedor de tal.

Escondo meus braços nas costas, uso uma máscara de conformismo. Respiro fundo e finjo não ligar, quando na verdade derramo lágrimas internas, causadas pela fraqueza existente na tua imaturidade.

Não confio mais em ti.

quarta-feira, 4 de março de 2009

"I think back now and then, I hope you know I care"

Sentir falta de alguém. Fácil.
Fácil também pensar nisso. Horas a fio, dias, noites, semanas, meses.
Fácil.

Lidar com isso?

Aí dificulta tudo.


Lidar com a falta de alguém, independente de quem seja, como seja, e porque existe essa falta, isso é difícil.
Dá pra esconder, dá pra fingir, se enganar, dizer que não. Mas uma coisa é a saudade. Outra é mentir pra si mesmo.
Existe uma linha tênue separando estes dois pontos, acredite. Uma hora até você se perde em seus próprios pensamentos, sem saber o que realmente passa na sua cabeça.
O que é passado, tá realmente dentro da gaveta? Ou tá só escondido debaixo de outros papéis, enquanto você afirma que já foi descartado?
Veja bem a verdadeira complexidade da coisa.
Por momentos eu tinha certeza do descarte. Em outros me pegava pensando em como uma “coisinha” podia parecer um buraco definitivo em mim.

A resposta talvez demore pra chegar. Na verdade, por mais cálculos e análises realizados, sempre surge uma ponta de dúvida em qualquer conclusão tirada.
Então, como quase tudo na vida, é apenas uma questão de tempo. Quanto tempo? Dizer é tão difícil quanto lidar com essa falha permanente que deixam na gente.
Talvez algumas atitudes ajudem a clarear o pensamento, dependendo do tempo. Mas talvez apenas faça aumentar o sentimento...

Ontem, por um instante, fiquei pensando onde foi que errei, errou, erramos.
Porque “me livrei” daquilo que, em tantos momentos, me fez tão bem.
Mas depois lembrei de tudo o que passei, e nos tais “quatro meses de tormenta”, esperando a tragédia anunciada, vivendo contra o fluxo.
E no final das contas... um sorriso e um abraço me fizeram pensar claramente que a saudade é algo que talvez não possa nem ser descartado após a possibilidade de fazê-lo.
A saudade pode ser permanente, mascarando a vontade de ter todos aqueles momentos de novo.

Se a gente quer aqueles momentos de novo?

Aí é difícil responder... e a gente acaba ficando com a saudade e com a falta, mesmo. Com a falta de ar e o aperto no peito. Deixa assim. Melhor não saber o que fazer do que eliminar de sua vida algo que claramente é tão impossível de apagar.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"now you can disagree with how i choose to live. but freedom isn't free unless you learn how to give."


Hoje acordei sentindo tua falta. Foi estranho, doeu mais do que “o normal”.

Lembrei daquela tarde que te encontrei, senti falta do teu abraço.

Lembra como foi?

Sentamos um de frente pro outro, e você segurou minha mão o tempo todo. Não lembro do que conversamos, nem do lugar. Mas lembro da sensação, e de como o mundo parecia ter parado.

Sinto falta dessa sensação.

Queria esses dias de volta, a repetição deles, um atrás do outro, sem fim.

Queria poder te ligar hoje e dizer que esse tempo todo eu estive me fazendo de forte, fingindo ser o que não sou. E meu deus, como é difícil! Tenho certeza que depois que eu vomitasse todas as palavras que tão pedindo pra sair, você ia rir e dizer “eu já sabia”.

Sinto falta do jeito que você me decifra.

Sinto falta dos (poucos) dias em que eu podia e conseguia ser feliz.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

“Do you still feel the same way?”

Não digo que seja simples, ou normal. Comum, banal, típico. Tanto faz, já não importa.
Pra algumas coisas não interessa como começou, nem o motivo. Mas igual. Tudo que é mal resolvido é fracassado. Ficam aqueles pensamentos pairando no ar, um clima absolutamente dispensável e sempre, SEMPRE, alguém fazendo papel de idiota.
Quando essas coisas acontecem comigo, a idiota sempre sou eu.

Isso não muda.
Quando aconteceu da primeira vez, eu jurei que nunca mais faria papel de palhaça, mas de que adianta? Até quando temos certeza de que estamos no caminho certo, “segurando a mão certa”, somos surpreendidos por rajadas de vento que nem a previsão anunciou. E são essas mudanças bruscas e inesperadas daquilo que julgávamos seguro que mais doem.

Não sei mais onde me apoiar, não sei o que esperar. Acho que, de verdade, não conheço metade das pessoas, e se reconheço os rostos, é por pura memória fotográfica. As feridas e cicatrizes tão cuidando de me manter o mais distante possível dos seres humanos. Ou eles de mim, o que automaticamente é quase a mesma coisa.
Sinto falta do meu simples, do meu normal. De quando fui comum, banal, típica. Tanto faz, já não importa.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"O que é bom, a vida dá pra depois poder roubar, e morrer de rir ao ver que você não tem mais".


Não imaginei que seria tão difícil assim. Em nenhum momento o que planejei deu certo, e me senti fraca, como quase sempre.

É muito ruim quando se chega numa situação em que você se arrepende de certas atitudes, de frases já ditas, enfim.

É ruim se entregar achando que está se fazendo o que é certo. Muito ruim, eu diria.

Dizem que depois que você passa do primeiro mês de sufoco, qualquer coisa pode dar certo. Dizem.

De 25 de janeiro a 25 de fevereiro, os dias passam mais devagar, as horas se arrastam, e a solidão torna-se parte da rotina.

É fácil julgar e ser sincero quando as coisas tão dando certo. É fácil falar do que (não) se sente quando não se sabe o que a outra pessoa tá passando.

E pensar que um dia pensei que me bastava.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"Assumirei a ironia de todo acaso em minha vida"

Mais uma vez perdida entre palavras. Mais uma vez sem saída.
Mais uma vez leio e releio coisas sem entender, mais uma vez volto na página inicial e tento entender porque isso agora.

O que leva alguém a ter uma atitude e depois voltar atrás, revelando um lado completamente diferente?

Repito o discurso de meses atrás: o que dá o direito a alguém a bagunçar nossas vidas e tentar sair dela como se não tivesse causado impacto algum?

Eu nunca poderia imaginar que planos pudessem ser jogados no lixo desse jeito, descartados como se não possuíssem valor.

E o que mais dói? É sentir de novo aquela sensação de não poder fazer nada, e ser fraca demais pra assumir a derrota.


De novo.

Não tinha aquele lance que a gente aprendia com os erros?
To quase de volta a estaca zero. E não vejo graça nisso.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O fato é que não sei muito que fazer.
Posso escrever aqui e passar uma impressão errada, deixar minhas palavras enganando a todos.
Tudo bem. Uma parte de mim queria que o link desse blog fosse público. E bem, não deixa de ser, mas nunca sai por aí gritando “OI GENTE, TENHO UM BLOG PARA DESABAFOS, LEIAM!”. Me preocupo, às vezes, e me pergunto se quem eu quero que leia, está lendo. É muito provável que não.

É difícil explicar aos outros todas as coisas que passam pela cabeça. Não tem como, na real. Posso citar diversos sentimentos que passaram por mim nestes últimos dias, em linhas e linhas de palavras e frases, e mesmo assim não conseguir me expressar. Há tempos tem sido assim. O que sinto e o que digo não combinam, e se combinam, meu receptor não decifra.

Olhem há quanto tempo estou no mesmo lugar.
A sensação que tenho é de que avancei, mas trouxe tudo comigo. Toda a dor, o aperto, a falta de ar. Tudo segue aqui. Não sei nem mais o motivo, nem se de fato é culpa do que eu sentia, mas acho que algumas coisas se fixam na gente, e não nos deixam seguir livres.

Ainda trago muito em mim daqueles dias. Aliás, lembra deles? Se eu não tivesse tomado uma atitude naquela tarde, provavelmente as coisas estariam praticamente iguais. Não sei se avançando como eu avancei, mas eu não poderia esperar pra sempre. Precisava do que hoje já tenho. E não seria capaz de aguardar nem mais um minuto. Mas me conheço e conheço minhas fraquezas. Tanto que as entendo hoje, por mais confusas que pareçam.
E de novo, sigo de peito aberto.

Desta vez mais do que nunca.

Muitas coisas de ontem me deixam hoje na corda bamba. Mas eu sabia que seria assim, e tenho que arcar com as conseqüências daquilo que fizeram e largaram no meu colo, sem se importar com o que ia acontecer. Porque foi assim, mesmo. Não entendo como atitudes podem ser tomadas sem serem analisadas antes. Mesmo. É como eu disse aquela vez de analisar tudo que uma queda pode resultar. Não consigo me jogar sem pensar. Mas acreditem, tem gente que consegue.

E aí hoje tô aqui. Sentindo o que senti daquela vez, e apesar de ser mais seguro, é mil vezes mais difícil e confuso. Lidar com o “sim” abre mais possibilidades do que um “não”. E isso complica.
Mas pra quem reclamou tanto do “não”, um “sim” nunca foi tão bem vindo, por mais atordoado que seja.