segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

302

Fiquei tentando lembrar coisas aleatórias e lembranças que, na verdade, eram apenas imagens de uma VHS que assisti esses dias lá em casa.
Não sei se o que sei é porque vivi mesmo, ou porque me contaram na mesa do café da manhã.

Mas todas aquelas lágrimas sofridas e o pranto doído, se transformaram num oceano que nos afogou até o anoitecer.
As cortinas todas fechadas, pra que a gente não visse que não tinha mais sol.
E o ar-condicionado ligado, pra enganar o fim da primavera, acusava essa vontade constante de enganar.

Doeu em mim.
Doeu como nunca.

E pelo vidro do carro eu vi minha vida andar perdida por aí.