terça-feira, 30 de dezembro de 2008

pra mim a vida sem drama perde o sal, o drama é o ajinomoto do meu dia-a-dia.



tive que concordar.
Tanto que reativarei esse blog. É só 2009 começar.

sábado, 8 de novembro de 2008

www.renuska.com




cansei de ser sentimental.
por enquanto.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

"é forte, mas passageiro. vem pra te ensinar".

Um dia nasci. E foi caótico. Minha mãe quase morreu (isso é sério), eu era horrível (também é sério). Até hoje ela conta que a primeira pergunta que fez ao médico foi: “ela vai mudar, né?”.
Cresci, me mudei, bolei um sotaque diferente do lugar onde morava, era magrela e MUITO estranha. Voltei, engordei muito, reencontrei o que num futuro se tornariam grandes amigos.
Na realidade, sempre fui a mesma. Mudei muito a “apresentação”, mas o recheio nunca mudou demais, na real. Era sempre igual. Chegava em casa, e jogava o dia todo fora vendo muita TV.
Nunca fui a melhor aluna da classe, tinha notas péssimas e quase mensalmente meus pais eram chamados na coordenação por motivos variados (corrigir/xingar-de-leve a professora porque ela falou errado, pular a janela pra ajudar uma colega, nota baixa, muita conversa, desligar todos bebedouros da escola por achar a água “muito gelada”, enfim).
Achava minha família diferente das demais. Almoçávamos às 13h, enquanto todos meus colegas já tinham comido. Por anos cheguei atrasada na Educação Física, porque as aulas eram marcadas pras 13h30, e nessa hora eu estava recém levantando da mesa. Minha mãe cantava muito alto pelos corredores do prédio, e usava palavrões em diálogos diários. Eu achava isso absolutamente normal, mas estranhava que nenhuma mãe fazia igual. Meu pai inventava uns pratos com abacaxi, maçã, molhos doidos. Eu pensava que talvez seria legal ser normal e comer um bife com arroz, como minha vizinha de porta comia.
A real é que nunca me dei conta, mas isso tudo acabou formando uma personalidade muito louca em mim. Era cômico porque os pais dos meus amigos achavam minha família muito “moderninha”, e às vezes mandavam eles pararem de falar “como a Renata fala”.

Demorei pra achar alguém que tivesse algum ambiente como o meu. Demorei pra falar pra mim mesma “olha, acho que era alguém assim que eu tava precisando”.

De 2001 a 2004, passei por sérios problemas. Fui a preocupação da casa, mas não vem ao caso.
Em 2005, quando entrei na faculdade, ganhei um tapinha nas costas. Passar numa faculdade federal nunca foi uma vontade, parecia mais uma obrigação. Não segui a regra. Entrei numa particular, que com o tempo “passou na frente” da federal por razões diversas. Nunca fui a filha perfeita. Tentava fazer minha obrigação de estudante, enquanto tinha que ouvir calada os diversos elogios ao meu irmão, que era o gênio da família. Justo.

Com o tempo comecei a mudar. Mudar o pacote, o recheio, tudo. Na realidade essa mudança começou em 2001. Mudei de colégio e lembro que alguns amigos não me reconheciam mais. Pintei o cabelo, emagreci, passei a ser quase outra pessoa, a ter mais confiança, mesmo parecendo insegura. Assim foi por anos.
Sempre fui metida a forte. De todas minhas amigas, eu era a “machona”, a que enxugava as lágrimas das outras e nunca chorava. Frases do tipo “homem não me engana”/”amor é uma besteira”/”nunca vou casar” eram chatas de tão repetitivas. Mas eu acreditava nisso. Acostumei a ficar sozinha, a ser sozinha. Me bastava. Sabia e gostava de aproveitar um dia só comigo. Às vezes me irritava ficar em volta de muita gente, ou de uma só. Precisava ficar quieta, ler um livro, ver filmes bons, ouvir música sem ninguém me atrapalhar (coisa que mais gosto de fazer até hoje, fato).
Não canso de repetir o quanto o ano de 2007 me transformou e me deixou melhor. Sempre fui a preguiçosa, que não levantava um dedo pra mostrar que era responsável. Sempre preferi brincar a lavar a louça, usar o computador a arrumar a cama.
Algumas prioridades mudaram.

Mas 2008... 2008 me transformou em tudo o que não era. Tudo.
Hoje dói pra respirar, e respiro fundo. Hoje bato na mesma tecla, acordo e vou dormir pensando só como posso fazer melhor no dia de amanhã. Meus olhos enchem d’água pelo menos uma vez por dia, e nessa hora o peito arde. Sinto falta de uma companhia que possa rir comigo dos momentos mais absurdos, coisa que NUNCA senti antes, porque claro, me bastava. Eu ria sozinha quando minha mãe caía, meu pai levava um susto com o fogão, algum amigo tropeçava na rua. Hoje eu sinto necessidade de rir junto de alguém que entenda que esse humor, que antes diziam que era “diferente” e meio doentio, não é tão estranho assim.

Gosto de analisar as coisas. Penso duas vezes antes de dar o primeiro passo, antes de decidir se vou em frente ou dobro a esquina. Gosto de ver as pessoas na rua e observar como todo mundo é tão frágil como eu. Às vezes caminho no ritmo de uma música inventada na minha cabeça, que se perde nos meus pensamentos velhos, por não ter como sair.

Sim, eu escrevi tudo isso pra mostrar que hoje sou completamente diferente de tudo aquilo que foi “lapidado” pelo que chamam de Deus há 20 anos atrás. Um ano me fez ser o que um dia eu odiei, mas hoje até gosto.
Não sei o que vai ser de mim em 2009. Pra falar a verdade, não sei o que vai ser de mim amanhã. Mais uma vez eu vou deitar a cabeça no travesseiro e pensar no que posso fazer pra melhorar meu dias, o que pode mudar pra que não role de ficar com o olho embaçado por 5 segundos.
Eu, mais que ninguém, quero seguir em frente e dizer pro próximo da fila imaginária que estou muito bem. Que o estrago na verdade foi uma melhora, um tipo de terapia que começou confusa, e terminou colocando tudo “nos eixos”. Quero poder rir e pensar “não, não faz falta”.
Todos me dizem “isso passa. Logo tu melhora”. Mas a espera pro passar, como fica? E como fica a análise da realidade enquanto isso? Pior, pense na união das duas. A espera enquanto olho a realidade. Será que já pararam pra pensar o quanto isso dói?
O que dá direito a alguém entrar na tua vida, bagunçar um poucado, e sair achando que não mudou muita coisa? Mudou muito. E talvez isso faça tudo mais interessante, o simples fato que uma coisa que não é minha, que não faz parte do meu “circulo de vida”, ter feito tanto “estrago”.
A parte engraçada? É que na realidade, só consigo ver um estrago bom. A merda, a cabeça no vaso, a parte do ser humano ter se ralado, eu só vejo em poucas partes do dia. Na maioria do tempo dou risada sozinha, me vendo diferente enquanto falo/faço coisas totalmente anormais do meu comum.
Mesmo com toda a confusão, mesmo sem eu saber o que to fazendo, mesmo me achando idiota 90% do dia, mesmo eu falando/sentindo quase sozinha... eu sei.
Então, só te digo isso: obrigada.

A mudança que tu causou na minha vida é absurda. Se for pra reparar desde quando te conheci até hoje, chega a ser gritante. Sou outra pessoa, e infinitamente grata por tudo o que aprendi. Às vezes só observando consegui pegar algumas coisas, e isso é sensacional. Acho que nunca ninguém causou tanto impacto em mim, e talvez por isso eu te respeite tanto, te coloque lá no alto, como umas das coisas mas importantes que já apareceram por aqui.
Então, se um dia tu tiver tendo uma crise existencial e pensar “nossa, será que já mudei a vida de alguém?” Bom, mudou a minha, e não foi pouco.
Valeu aí por me mostrar um lado meu que eu nem sabia que existia, por me fazer passar por situações fantásticas, por me fazer tão bem mesmo às vezes me fazendo querer acabar com o mundo.
Pessoas assim é que eu gosto, que quero que passem por mim sempre. Pessoas que me mostram o pior e o melhor. Mesmo que não fiquem pra sempre.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

só pra constar.

renuska diz:
geeeeeeeeeente,
renuska diz:
o que tu vai fazer?
renuska diz:
tá, mas vocês não eram só amigos?
renuska diz:
bichas resolvem as coisas mais rápido, npe?
Daniel diz:
é
renuska diz:
se fosse hétero, nunca ia terminar um namoro
renuska diz:
NÉ.
renuska diz:
nessas horas um pênis me ajudaria MUITO
Daniel diz:
hahaha

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Olha só eu tentando seguir minha vida e tropeçando no que é real.
Olha só.
Olha meus diversos tombos, e o jeito que tento equilibrar tudo, como se fosse uma espécie de malabarista da realidade.
Eu te disse: preciso analisar bem. Ver o caminho menos pior, ver por onde dói menos. De qualquer jeito, eu sei: quem se rala sou eu.
Eu devia estar pronta pra isso há muito tempo, devia saber que isso ia acontecer. Mas como podemos prever uma situação que nunca passamos?

Tá certo. Procuro por respostas o tempo inteiro. E te encho com isso. Às vezes parece até que to só esperando o momento em que você vai falar “Olha, chega. Não te agüento mais. Pára de choramingar”.
Fiz cagada atrás de cagada pra tentar resolver minha vida, achando que tava fazendo a coisa certa e que assim seria mais fácil de esquecer. É complicado. É complicado como tento diariamente fingir que você não existe, mesmo lembrando a cada instante.

Todo mundo tá careca de saber, quero uma solução. E mesmo fingindo que não tá não nas tuas mãos... não cabe mais a mim.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Saca só.

Nunca diga teamo se não te interessa. Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração. Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti. A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.






li isso num fotolog, impossível não associar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Acho que tô feliz.

por tempo indeterminado.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mazenhô.

(17:55) iara___i wil: e como vc ta?!
(17:56) renuska: olha...:já estive melhor. mas tb já estive pior.
(17:58) iara___ i wil: é..até q isso é uma boa noticia,então.
(17:58) renuska: sim,:isso me tranquiliza.
(17:58) renuska: tipo, todo dia eu tenho uma crise pequena e quase choro. haha
(17:59) renuska: mas to me segurando pra não me deixar chorar.
17:59) renuska: a coisa não pode desandar, sabe?
(17:59) renuska: eu to chata pra cacete, falando do mesmo assunto sempre.
(17:59) renuska: e gah, tá doendo como NUNCA.
(17:59) renuska: mas, de certa forma, tá sendo bom.é bom levar um tapa na cara às vezes.
(17:59) iara___ i wil: sim, mas vc nao precisa reprimir tb
(18:00) iara___ i wil: pode chorar,ué
(18:00) renuska: tu falou isso,:meu olho já encheu d'agua HAHAHA
(18:00) iara___ i wil: ahahahhaha
(18:00) iara___ i wil: tipo..blessing. te dou my blessing
(18:00) renuska: hahaha
(18:00) iara___ i wil: CHORA,RENUSKA
(18:00) renuska: tu sabe como eu sou. tu sabe que eu não sou assim
(18:01) renuska: de me entregar, de sofrer
(18:01) renuska: eu sempre dou um jeito de sair por cima e fingir que não é comigo
(18:01) renuska: mas agora tá MUITO sério, não consigo.
(18:01) iara___ i wil: not lately. tipo..nos ultimos meses vc mudou
(18:04) iara___ i wil: nao q vc tenha se entregado totalmente,ou nao tenha lutado contra,nao to dizendo isso. mas vc mergulhou nisso,e nao saiu.
(18:05) renuska: eu me sinto uma idiota por isso. Eu devia ter pulado fora no começo.
(18:05) renuska: Porque agora já era. Agora eu vou me machucar de qualquer jeito, já era.
(18:05) renuska: Mas sabe o que foi? Eu não sabia que eu ia ser capaz de me sentir assim.
(18:05) renuska: Eu achava que ia ser divertido e queria só ver até onde podia dar. Aí me ralei.
(18:06) iara___ i wil:é.. hahaha é sempre assim né? hahaha
(18:06) renuska: Mas dá medo, sabe? eu não sei explicar, de boa. Não sei te dizer o que tô passando. é bem esquizofrênico. HAHAH eu ADORO isso, mas odeio. Sabe? quero pular fora com a mesma intensidade que quero continuar.
(18:08) iara___ i wil: ahhaha eu sei. e o incrivel dessas coisas,é que é justamente por isso q vc nao pula fora.é justamente por isso q vc nao sai dessa.
(18:08) iara___ i wil :é quase um tipo d masoquismo..d colocar um monte d gelo na mao e ficar segurando..
(18:09) renuska :eu nunca tinha ficado assim... que horror! hahaha não quero mais isso não! HAHAH
(18:09) iara___ i wil: querer largar pq ja ta incomodando bastante,mas pensar 'bah,vou esperar mais um pouco.talvez eu acabe ganhando algo nisso'
(18:09) renuska: E aí, me dá uma preocupação... tipo, será que isso é o sentimento máximo mesmo? é isso que é se apaixonar? e se eu nunca mais me sentir assim na vida?!
(18:09) renuska: E se eu chegar aos 40 anos e pensar "PUTA QUE PARIU, eu perdi o amor da minha vida" saca?
(18:13) iara___ i wil: ahahaha eu até entendo.mas eu acho q tem q ser equilibrado. e ele tem q estar t dando alguma coisa.. nem q seja uma promessa d algo.. e vc nao tem isso.
(18:14) iara___ i wil: pelo menos eu nao vejo nda assim.
(18:14) renuska: é, não existe a palavra futuro no nosso vocabulário.
(18:14) iara___ i wil: acho q vc nao chega aos 40 e diz isso,se vc tiver seguido em frente.
(18:15) iara___ i wil: nem realmente presente..
(18:15) renuska :é, eu sei. e isso que machuca pra caralho. e a merda é que eu tenho isso tudo claríssimo na minha cabeça. Mas não consigo pular fora. entende?
(18:15) renuska: É como meu pânico com avião. Eu sei que é idiota, eu sei que não vai rolar nada, mas não deixo de ter medo.
(18:18) iara___ i wil: hm.mas o aviao pode cair,e pode ter turbulencias,e pode ter algum tipo d complicaçao. é um exagero ser panico,e vc nao pode controlar isso.tá. mas nao é infundado ter medo de avião.
(18:20) renuska: hm
(18:21) iara___ i wil: tipo,argh.é horrivel isso HAHAHAHAHAHAHA
(18:21) renuska: HAHAHAHAHA
(18:21) iara___ i wil: eu odeio esse cara.mto mto mto
(18:21) iara___ i wil: HAHAHAHAHA
(18:21) renuska: HAHAHAHAHAHAHAHA
(18:21) renuska: eu não! hahaha
(18:21) renuska: mas devia e podia. mas não consigo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Eu não consigo te falar.

Pra mim, você sempre vai ser aquele que conseguiu partir meu coração.

O único a conseguir o que todos achavam impossível.

O cara que machucou a garotinha que sempre foi tão forte.

O que usou e abusou, fez dela algo descartável.

Fui teu passatempo favorito, o joguinho mais divertido da temporada.

Peço, pelo menos, que alguém compre uma superbonder, ou um pacotinho de durex, pra que eu possa usar meu coração de retalhos e reaproveitá-lo, tendo todo cuidado pra não deixar cair no chão. Não de novo.


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Meu pai me parou na sala ontem e perguntou se eu tava bem.

Pegou no meu braço e disse: “tu tem parecido muito tristonha esses últimos dias. Tem certeza que tá tudo bem?”

Isso me preocupa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Vou te obrigar a desistir

Jonathan: I'm telling you, I keep running into her. I keep finding it.
It keeps happening.
She was at the golfrange. She's a big girl now with big hips. All right?
Then I gotta leave, 'cause Sara's gonna cut my hair, and
the guy in the taxi, he's serenading me, "Sara."
I'm telling you, the universe keeps revealing her to me,
screwing with my head.

Dean: You're getting married in three days.

Jonatahn: That's my point. It's entirely duplicitous.

Dean: Think about it. Why would you risk your relationship with Halley...
just to search for some pipe dream?

Jonathan: Just hear me out, man. I'm sure that I love Halley, all right?
And maybe every time you fall in love with somebody, it's a completely
different experience.
So it's a mistake to compare them. I get it, but...
It's like Halley is The Godfather, Partll.

Dean: She's what?


Jonathan: Godfather, Partll. That was an incredible movie.
Might be better than the original.
All right?
But no matter how much you love The Godfather, Partll,
you still have to see the original to understand and appreciate
the sequel, don't ya?






Obrigada, John Cusack.




sábado, 13 de setembro de 2008

Do you know i died?

Agora bateu uma confusão. Uma coisa na cabeça. A possibilidade de eu ter me dado conta de estar sendo uma grande sacana.

De ser considerada filha da puta.

Sou uma farsa, veja bem. Quantas pessoas vão ficar decepcionadas quando descobrirem isso? Quantos pontos no conceito de todo mundo vou cair?

E bem, claro que penso que meus sentimentos estão a cima de qualquer julgamento que uma pessoa qualquer possa fazer, e óbvio que tenho saliva de sobra pra gastar dizendo que meu sentimento é verdadeiro e não to pensando no momento, como a maioria pensaria... mas agora me preocupa. Me preocupa as pessoas que tão se aproximando por causa disso. Me preocupa as que já se deram conta do que rola.

Me preocupa saber que por causa disso, o meu futuro contigo tá marcado pelo fracasso.

Aliás. Que futuro é esse? Se a gente nunca nem tocou no assunto. Ora futuro.

Pra quem não tem nem presente... pensar no amanhã é quase como um pecado.



"Do you wanna run away together?" i would say it was your best line ever. Too bad i fell for it.
And i walked alone waiting for you to come along, take my tortured heart by the hand and write me off.
Do you know i cry? Do you know i die?
Do you know i cry? and it's not the good kind.
You forced me to become strong when i just cried, being weak. And you think you know, and i would like to think so. but do you know that when you go i fall apart...?
I'm tired of hiding behind these lying eyes. i'm tired of this smile that even i don't recognize.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

lá fora passa o tempo sem você

Hoje, antes de levantar, os olhos encheram d'agua.
Sou chorona. Choro pra conseguir o que quero, choro em filmes, choro quando me machuco e quando brigo com um amigo por motivos bobos.
Mas passei a vida toda jurando que jamais ia chorar por um cara. Segurava as lágrimas, engolia o tal do pranto. Me fazia de forte e ria da dor, tirando sarro do que ousava sentir.

Semana passada eu desabei. Acho que pela primeira vez em toda minha vida. A real é que agora dou risada da situação, como se tivesse feito uma coisa absurda. Olha que idiota. Eu chorei por ti. Pra que? Por nada.
Pra que querer o nada, né? Afinal, o tempo tá passando, e olha eu aqui sem nada.

Quando levantei, tomei uma decisão: hoje é o primeiro dia do início de uma nova fase.
A partir de hoje eu vou me forçar a tentar seguir em frente sem te ter.

E isso sim me faz chorar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não quero te contar.

Queria saber ser seca. Sabe? Mas me parece muito atitude de uma criança de doze anos.
Apaguei as postagens antigas desse blog, na esperança de conseguir partir do zero.
Na real não é um zero de verdade, eu não cheguei a esse ponto ainda.

Sabia que se você não tem o tal do "gold camera" do fotolog.com, só existe a possibilidade de fazer uma postagem por dia? E sabia que tenho textos o bastante aqui pra quase um mês de fotolog?
Não brinco quando diz que baixa o Chico Xavier.
De certa forma essa confusão toda me serve de inspiração. Seria tão útil se o ser humano viesse com um laptop embutido! E todo o tempo que passo pensando, mas longe de um caderno ou de um editor de texto, não seria jogado fora. Não concordam?

Não tô numa situação fácil. É uma situação esquizofrênica, e isso explica muita coisa. Eu gosto de ti. Demais. Pra caramba. Eu podia agora comprar uma passagem praí e simplesmente te dizer que a gente tá jogando tempo fora e te chamar pra viajar pra qualquer lugar. Com 10 pila no bolso (o que dá, tipo, 3 cevas e uma bala - nunca se sabe.) e um sorriso na cara. Mas não tenho dinheiro.
Podia te ligar agora e dizer o quanto eu odeio o fato de não conseguir te odiar do jeito que devia. Porque cá entre nós, eu devia.

Sabe a música que diz "teu desapego é o que me faz provar meu desespero"? Não é o desapego. É o descaso.

O caminho mais fácil pra se resolver uma situação é a desistência. Não acha? Mas é coisa pra gente fraca. E sou orgulhosa. Mas to perdendo aquela forcinha que jurava que tinha.
Hoje pensei em desistir. Em te falar que não consigo mais. Aliás, acho que aquele e-mail foi o início de um caminho pra desistência.

E odeio ter que admitir... mas tô fraca. Perdi aquela alegria inicial, aquela minha vontade de ver onde ia dar. Porque olha só onde deu.
Não quero te contar mais o que sinto. Não quero mais correr atrás.
Mas não quero deixar de sentir o lado bom da coisa. Nem deixar de ter a sensação de que a vida vale a pena e que ser pessimista é uma merda, mesmo. Aquelas coisas todas que rolam quando to do teu lado. Não quero deixar aquilo pra trás.


Tu me conhece melhor do que eu mesma. Assusta.