segunda-feira, 31 de maio de 2010

Saudade.

A caixa.
Embaixo na mesa da direita.
De madeira, pequena.

Tá ali desde que cheguei.

Se abrir, vai ver: Nossa vida inteira fechada, guardada, reservada pra lembrar.

Do lado de lá

Ela e ele.


Sei como é.

Fracasso

Não associar seria impossível. A fraqueza se divide em 25, em cada pedaço do corpo, pra não sobrecarregar o coração.

Fracasso seria ouvir e não lembrar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Adelante

Parabéns pra você, que conseguiu destruir a pessoa mais indestrutível que já conheci.


E parabéns a você, que agora sofre pelos cantos, pagando pelo amor que jogou fora.


Parabéns pra mim, que ainda pareço me importar com o que todo mundo já esqueceu.


E parabéns nenhum a quem decidiu que esse seria o nosso fim.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Se dá um passo pra frente, porque dois passos pra trás?"

Será que a gente pode associar uma queda a um amadurecimento? Muita gente fala em “aprender com seus erros” e “o tempo vai curar tudo”, mas às vezes eu me vejo perdida nisso tudo e não consigo me desligar tanto dos meus erros assim. Admiro as pessoas que apagam o passado com a mesma facilidade que amarram os tênis, pois simplesmente não sei ser assim (apesar de amarrar meus tênis sempre muito bem).

Aí parei pra pensar, e talvez eu tenha amadurecido, sim. E boa parte de mim carrega orgulhosa uma plaquinha escrita “SUPERAÇÃO”, mas se é tão assim... porque ainda atrapalha tanto? Parece prova de olimpíadas do Faustão... Dependendo do quadradinho que você escolhe pra pisar, a queda é grande...

Me faltam motivos pra reclamar, e não tenho direito algum de fazer isso. As coisas parecem estar finalmente arrumadas na prateleira, e não vou ser eu que vou desorganizar. Mas quem sabe se eu tivesse seguido outros caminhos, a coisa fosse mais fácil.

A grande verdade por trás de todo esse meu drama barato, é que a maior “cagada” da minha vida me levou até onde estou hoje. E talvez por isso eu não esteja “completamente vacinada”. Se não fosse por toda a confusão amarga, armada e chorada, metade da minha vida atual seria uma mentira.

E aí, como a gente se desliga do que nos fez chegar até aqui?

sábado, 22 de maio de 2010

J.D

"Sabe quando você assiste a um filme que todos dizem que é ótimo, mas você acha uma merda? Então, me sinto assim".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hoje.

Me olhei no espelho e não me reconheci.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Terapia do impreciso

Preciso de terapia. Preciso de uma borracha super poderosa. Preciso do Lacuna Inc. Preciso de terapia.

Preciso, preciso, preciso.

Já precisei TANTAS outras vezes, e ainda preciso.

Preciso do impreciso.

Preciso de terapia.

Preciso de uma cirurgia de substituição de história. Preciso de um roteiro novo. Preciso mudar o gênero do filme. Cansei do drama.

Preciso dar um jeito para que o coração bata normalmente. E que pare de doer cada vez que eu pensar. Preciso esquecer, preciso superar.

Preciso de terapia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

"Metáfora"

O plano: Me afundar em trabalho pra não ter que pensar besteira.

O resultado: De tanto trabalho e tanta besteira “acumulada”, a cabeça entrou em colapso, criando um engarrafamento, impedido o coração de seguir.

Próximo plano: Comprar um helicóptero.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

50/50

Metade de mim é amor.
A outra metade é pura mágoa.
Aquela mágoa da pior espécie, que não sai, não larga, insuperável.

Intercalo entre as duas metades, numa esquizofrenia de sentimentos, me deixando levar pela intensidade daquilo que parece não ter fim. Uma viagem a 600km/h, rápida, perigosa, que rasga a pele com sua força.
Perco a noção da realidade e me perco em saudade.

Metade de mim é amor.
A outra metade saiu por aí e nunca mais voltou.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O tufo

Passo o dia inteiro pensando na vida, pra quando chegar em casa querer jogá-la fora.
Saio de casa por volta das 6h40, e neste horário até um horário ESPECÍFICO, eu surto. Entro em pânico porque caminho naquela ruela sem saída que existe na minha cabecinha.
Aquele beco chato, longo, escuro, que muitas vezes parece não ter fim.

Não aguento mais passar por ali. Cansei de como se parece, cansei das paredes mal cuidadas, do chão molhado, e de todos aquelas memórias amontoadas que ficam jogadas ali, sem ninguém se prestar a me ajudar a recolher.

Não consigo mais sair de lá sem parecer derrotada.
Nesse ponto a vida se torna um ciclo vicioso: o beco é quase como uma pista de corrida. Dou voltas e voltas, sem nunca sair do lugar.

domingo, 9 de maio de 2010

Minha incrível-super-mãe

Morar longe da minha mãe foi uma escolha minha. Eu que bati na tecla de caminhar com meus próprios pés, que teimei dizendo que a vida na cidade grande seria mais proveitosa. Apesar do aperto no peito, minha mãe sempre me apoiou. Era sempre a primeira a sorrir quando eu comentava essa vontade e, quando finalmente consegui essa mudança pra capital, foi o parabéns dela que chegou primeiro aos meus ouvidos.

Minha relação com ela sempre foi toda cheia dos poréns. Quando mais nova, eu era toda ciúmes, e não aceitava nem quando ela abraçava meu irmão mais velho. Já adolescente, abracei a fase “rebelde” e ia contra tudo o que ela dizia. Depois de muitas quedas e de um esforço absurdo (este da parte dela), ela se tornou minha melhor amiga. E claro que dizer que a mãe é a melhor amiga é o maior dos clichês da história dos clichês mundiais, mas talvez as pessoas não entendam direito o que isso signifique. Amigo que é amigo não critica nossos passos. Ele nos avisa dos perigos, mas abre nosso caminho, sem impedir nossas escolhas.

Minha mãe brigava comigo quando eu passava o dia todo ouvindo música no quarto ao invés de estudar. Fazia o mesmo quando minhas tardes se resumiam a horas na frente do computador. Hoje eu trabalho com música e mídias sociais. Realmente é curioso, se você for parar pra pensar que hoje faço tudo aquilo que ela mandava eu não fazer. E pior, ganho dinheiro pra isso!
Caminho com meus próprios pés fazendo aquilo que ela me mandava parar de fazer pra “me tornar alguém na vida”. E me tornei alguém sim, mas fazendo tudo aquilo que ela achava errado.
O engraçado de tudo isso? É que apesar dela ir um pouco contra às noites em que eu virava fazendo cobertura de shows, ela sempre assistia meus programas, orgulhosa das matérias que eu fazia.
É que é pra ela que eu ligo quando consigo alguma vitória profissional. Seja pra contar de uma vitória de alguma banda que apoio, seja nas minhas várias investidas online. E ela lê tudo, é fã de todas as bandas que trabalho, entra no meu blog sempre, vibra cada vez que eu digo “Mãe, consegui”.

E graças a essa minha rebeldia de ir contra ao que ela me mandava fazer, é que consegui. Graças a ela. Ela que nunca me impediu de nada, minha incrível-super-mãe.
Eu amo minha “mamífera”.

Feliz dia das mães, Dona Eni!

A gente se perde, sim.

"Eu não aguento mais tua hipocrisia", disse. "Não aguento tua cara de 'nada aconteceu'".
Existia muita tolerância em tudo o que fazia, mas, às vezes, cansava de tentar ser a "menina legal só pra agradar". Tentava transbordar honestidade, mas mantinha a moderação, pra não perder o havia conseguido nos últimos anos. Mas, ainda assim, virava a cara pra que ele não a visse chorar.

"Eu achava que te ver 'sofrendo como sofri' me faria melhor, mas não fez".
De fato, de nada adiantou todo aquele tal "karma" que ela sempre lhe avisou.

"A minha mágoa é muito superior a qualquer satisfação".

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vai e vem.


Amizade é um lance mútuo, certo?

É pra isso que serve: a gente se ajuda. Simples assim. É companhia pra sair, pra ouvir problemas, pra dividir novidades e assuntos bons. Amigo mesmo é aquele que tu sabe que pode ligar de madrugada pra chorar as pitangas. Amizade é como confiança: é mútuo! Dificilmente alguém vai tirar isso da minha cabeça!

Então me digam: Porque tem gente que não vê isso?


Sério, porque quando alguém caga pros seus assuntos e só fica falando de si mesmo, olha... aborrece a beça. Que amigos são esses? Será que dá pra pensar que eles acham que NÓS somos amigos deles, mas que eles NÃO são nossos amigos? Porque aí fica tudo claro... a gente ajuda, escuta, faz TUDO o que tiver ao nosso alcance pra ajudar, e eles ficam lá, vegetando, se aproveitando de pessoas que acham que um dia, se precisarem, poderão contar com eles.


JURA!


Talvez a gente veja que alguém não é amigo de verdade quando ajuda um e pensa “Tá, mas e será que se fosse COMIGO, ele faria o mesmo que eu to fazendo?”.

É muito chato ter que pensar nesse tipo de coisa. Mas já faz um bom tempo que venho lidando com pessoas assim, com parasitas que ficam sugando a gente de todas as formas... e não tem nada a oferecer.

E não, não acho que amizade é cobrança, muito menos quero algo em troca das coisas que já fiz, mas é MUITO chato você contar uma novidade pra um amigo, e esse tal ignorar o que você disse, pra contar os planos dele, as novidades DELE, de como ELE é genial e enfim... Uma hora passa pela cabeça “nossa, eu não devo ter utilidade alguma”.


Tava com isso engasgado aqui desde o começo do ano.

Amigos, por favor... tenham mais consideração. Não quero “eliminar” ninguém da minha vida... me poupem desse esforço. SÓ desse. Beleza?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Acontece.

Quando eu era pequena, meus pais não deixavam eu comer sucrilhos. Meu pai dizia que engordava.

Minha mãe dizia que era caro.

Comi sucrilhos hoje.

Tô gorda.