sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Diagnóstico

- Doutor! Doutor! O senhor precisa me ajudar!

- O que foi, minha filha?

- Não sei. Não sinto meu coração.

- Como não sente seu coração? Venha aqui. Respire. Diga trinta e três.

- Trinta e três.

- Novamente.

- Trinta e três.

- Repita.

- Trinta e três.

- Não, querida. Você está enganada! Você tem um coração sim. Ele só está quebrado.

- Ah... sério, doutor?! Mas eu... mas eu não sinto nada!

- "Não sentir nada" aí dentro faz parte do processo. Por acaso você está tendo ódio, raiva, arrependimento?

- Sim...

- Choro?

- Todo o tempo...

- Ah, um caso clássico de coração partido.

- Mesmo? O que eu faço? Tem algum remédio?

- O tempo.

-...

- Ah! E fique longe dele. Ver ele não vai te ajudar nada. Tenta fingir que ele nunca existiu, vai por mim. Vai ser difícil, vai doer, mas uma hora você vai conseguir tratar ele como trata todo mundo.

- Mas eu vou ficar bem?

- A gente sempre fica.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Não sou tão teimoso quanto pareço"

Os ônibus, aqueles azuis que nunca haviam me levado a lugar algum, passavam por mim fazendo inveja, indicando um lugar que nunca havia me pertencido.
Ia embora fingindo não ver, mas olhava de canto de olho, com aquela raiva que costuma consumir os mais fracos.
Tentava seguir as placas pra não errar o caminho, mas minha maior vontade era a de voltar. Centro, retorno, aeroporto, bairro. E eu seguia olhando as placas, pra ver se alguma me indicava o caminho certo até você. Um dia eu acertaria, ou pelo menos esperava que assim fosse.

Mas chegar sempre dava uma sensação de conforto. Conforto tolo, digno de segurança e sorrisos bestas. Dava vontade de respirar fundo e agradecer por não precisar mais se preoupar com sacolas e mochilas, nenhuma reclamação ou gritos sobre obrigações. As regras eram nossas porque tinhamos decidido que assim seria.

Levada pela tontura gostosa daquela ansiedade, observava os carros parando ao meu lado e imaginava se todos se sentiam como eu.
Pegamos a reta, aquela que sempre me perdia. Agradeci por não estar na direção e torci para que meu inconsciente decorasse o caminho certo.
Mas eu não passaria por ali tao cedo.

A sorte é que ali não havia nenhum ônibus azul. E quando olhei pro céu, esqueci completamente o porque de tanto sentimento...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Recaída

Ele se despediu rapidamente, me descartando da melhor forma que podia.
Fiquei quieta e aceitei como se fosse meu trabalho abaixar a cabeça pra realidade.

E tudo o que eu pensava sobre ele foi rolando ladeira abaixo.


Fiquei dias tentando entender o que eu via de diferente naquele silêncio que o incomodava e no meu medo de falar qualquer palavra que pudesse atrapalhar qualquer coisa que a gente tivesse. Mas foi meu pé atrás que estragou toda e qualquer expectativa.
E agora eu brigava com aquela sensação de ódio e raiva, misturada com a melancolia idiota de quem sentia vergonha de assumir um erro.

Já estava um pouco acostumada em "ser passada pra trás", ou de ser considerada um acidente, um equívoco, um desperdício, que fosse.

Ele ria da minha cara, me pedindo pra não ficar olhando só pro lado ruim das coisas, mas eu era toda decepção.
E apesar dos pedidos dele pra que eu não o visse como tal, era assim que era pra mim.

Em nenhum momento conseguia fingir satisfação, porque era fraca e não sabia lidar com essas coisas. E tudo isso só me dava cada vez mais vontade de fugir pra longe sem dar satisfação.
Ficava enjoada com as lembranças de dias rápidos e curtos, em que ele parecia ser completamente diferente do que eu via hoje.


"Vai ficar tudo bem", minha mente dizia numa repetição sem previsão de fim. Tentava acreditar, mas nessa luta cabeça versus coração, quem perdia era sempre eu.
Em nenhum momento me permiti chorar, reclamar ou lembrar. Mas quem diz que me obedeço?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Zero

Quero que o tempo voe, não quero sentir os dias passando, quero esquecer de tudo o mais rápido possível.
Não quero pensar em nada, não quero ter lembranças, quero focar em tudo o que é superficial e não exige tanto de mim.
Quero sublimar, superar, abstrair, apagar.

Quero e PRECISO começar do zero, me conformar que é assim mesmo e aceitar que vai demorar muito pra me permitir outra vez.

Não quero nada, pois o tudo já me deixou na mão.
Preciso do vazio pra conseguir seguir.
Cheia de amor já não dá mais.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

50 mg

Eu cansei um pouco dessa vida de acordar sempre igual, de ir dormir sempre igual. Essa vida de anestesias e remédios pra solidão. Esses dias todos idênticos, onde o único momento em que o coração bate mais forte é quando sou tomada por aquela lembrança de que a dor ainda não curou.

E quando tô prestes a lembrar de você, automaticamente seguro o choro, respiro fundo, e finjo que você nunca existiu. É mais fácil partir do zero e te fazer de um "mero desconhecido que virou amigo", do que de "o cara mais afudê do mundo... que partiu meu coração... e virou amigo".


Eu tento TANTO....

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Síndrome de Macunaíma

Tenho preguiça do tempo.
Preguiça das horas que não passam, das noites mal dormidas, dos dias banais.

Tenho preguiça das lembranças, das despedidas, do tanto que vai demorar pra esquecer.
Tenho preguiça de tudo aquilo que você já deveria saber, de tudo o que eu ouso sentir.
Tenho preguiça de pensar no quanto vai levar, de quanto custou tudo isso.
Tenho preguiça de te olhar, de tentar puxar assunto, de tentar de novo.
Tenho preguiça de seguir, de superar, de me explicar.





Só não tenho preguiça pra ter preguiça. E isso tenho de sobra...

Prato de hoje: AMARGURA

“Legal mesmo” é quando você vê que tá gostando de quem não queria. Eu sei que soa complicado e idiota, mas sabe, isso acontece. E é ruim.

Ruim porque aí você vê o QUANTO é idiota e decide deixar tudo de lado e, quem sabe pela primeira vez, se deixar levar pelo coração.

E o que acontece? Claro, dá errado! Porque a gente tenta, mesmo?

E aí fica tentando salvar o que estragou, utilizando todas aquelas máscaras de sorrisos forçados e frases prontas...

Já fui feita de palhaça tantas vezes na vida, não devia me surpreender assim. Mas a situação aqui é que EU mesma me fiz de palhaça. Eu tentei quando devia ter ficado quieta, eu alimentei uma coisa completamente confusa e absurda.

Antes de provar esse desespero trouxa, só me resta lidar com tudo isso. Porque a cada momento em que tenho vontade de sair correndo porque não dá mais, ou que tenho que segurar o choro, só eu tô ali pra me fazer companhia. Talvez isso tenha me levado a crer tanto que ninguém vale a pena... Porque ninguém merece aguentar meus dramas e todas as coisas que eu (acho que) preciso.

A gente sabe que o tempo cura tudo, que a gente vai superar e tudo mais. Mas todos os dias lembro que eu podia ter evitado, do quanto fui burra de achar que tinha alguma chance nesse jogo todo.

Talvez pior que se ver gostando de quem não queria, é achar que alguma coisa vai dar certo... e não dar.

Eu tranquei todas as entradas de casa. Aqui ninguém mais entra.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pausa absoluta (2)

Não consigo mais dormir, mesmo quando tenho sono.
Não lembro mais do que sonho, nem se sonho mesmo.
O "descanso" não existe, dormir tornou-se automático.

Eu não quero fechar os olhos e lembrar de tudo que perdi.
Não quero acordar pensando no que nunca foi meu.
Queria poder evitar essas situações de desconforto, ou os sorrisos forçados e os olhares desviados.
Já nem sei mais se quero voltar no tempo pra conseguir evitar tudo isso, ou se espero o tempo passar pra atingir o ponto em que "tudo valeu a pena".


Sou como um balão vazio, jogado no canto da sala.
Não consegui, perdi, murchei. E só me resta o nada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ventania (2)

Esses dias descobri que não existe canto melhor na minha casa que a sacada que dá pra rua. Nunca morei em nenhum lugar com uma “sacada aberta”, e talvez por isso aquele tenha se tornado o meu ponto favorito de todo apartamento.

Foi quando sentei lá que começou a ventania. E não era um vento frio, agonizante ou daqueles que atrapalham. Era um vento bom, gostoso, renovador.

E naquela minha hora em que reservava pra olhar pro céu pra tentar resolver as gigantes e fúteis complicações da minha cabeça, que me dei conta:Tava REALMENTE tudo bem.

Eu externava, gritava, incomodava e me perdia, mas tinha certeza de que tudo serviu pra mostrar todas aquelas coisas em suas melhores formas.


Lembrei da Ana Terra.

“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando”.


O vento não secou meus olhos, não esfriou minha pele, não bagunçou meus cabelos. Ele me abraçou, com a vontade de conseguir, com a confirmação de que estamos indo do jeito certo.

Quando olhei pro lado, vi toda minha dor ir embora, voando, levada pelo vento.
Fizemos uma troca. E comigo só ficou tudo aquilo que um dia me fez tão bem.

Prato de hoje: IRONIA

É tudo tão banal.
É tudo uma brincadeira, não importa realmente.
Quem liga pra sentimentos? E DAÍ se você arriscou?!
A gente coloca um ponto final e DEU. Fica tudo bem. Fácil assim, tão simples quanto arrancar um band-aid.
E aí a gente conversa como se nada tivesse acontecido e sorri, porque QUEM liga pra um erro tão comum, né?

Acontece! Vai passar! Você vai superar e ainda vai rir de tudo isso!!
BLÁ BLÁ BLÁ, quem precisa de um coração?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O tempo todo

Já não quero nada. Não sinto nada.
Não olho pra frente porque o futuro pouco importa.
Mantenho o olhar baixo pra seguir com os pés no chão.
Ninguém vale o esforço, ninguém vale tentativas ou qualquer coisa que seja.

Não quero outra decepção.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Liberdade induzida

Aconteceu quando olhei pro céu.

Vi as nuvens e não consegui associá-las a nada. Eram apenas nuvens. Nada de coelhos, monstros, nada.
Tentei forçar o olhar, desejando por algum tipo de imaginação que me fizesse olhar direito, mas, na verdade, não desejo nada. Nem de bom, nem de ruim.
Me calei e finjo, em silêncio, que sei tudo o que quero.

Me perdi entre nuvens, no tempo, em vontades cortadas ao meio, incompletas e tentadoras.
Não existe arrependimento. Existe falta de coragem pra assumir que não consigo mais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Música, café e abraços

A gente tem todo esse problema de esperar demais, de querer demais. São muitos passos atrás do que a gente julga como necessário ou importante.

Mas a verdade é que não importa o quanto você caminhe, esse tipo de coisa não é a gente que decide. É mais que todos os sorrisos e todas as vontades. É algo maior que a gente, e talvez por isso doa tanto.

Porque não é O fim que enche o saco e chateia naquela hora que você fecha os olhos antes de dormir. Mas sim saber que não foi dessa vez que você conseguiu. Que de novo, você se enganou. E que vai demorar mesmo pra você se acostumar com a idéia de que gostar de alguém é complicado demais…

Um dia a gente vai entender tudo isso. Do mesmo jeito que a gente entende de música, de café gostoso e de abraços bons.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Você disse que nós fomos um acidente...

Sabe aquela coisa de pessoa certa na hora errada?
Eu sempre tive medo desse tipo de coisa.
Mas nunca tinha tido a pessoa certa, ou a hora errada... Aliás, o que é uma “pessoa certa”, mesmo?

Essa noite fui invadida por uma vontade de não fechar os olhos, um gosto por olhar pro céu até que o sol nascesse. E aquele friozinho da manhã me fez lembrar o quanto eu gosto desse horário, de como me sinto bem quando consigo ver o sol sair.

Pensei muito, pensei demais, como sempre penso. Mas talvez seja melhor assim, mesmo. Meu corpo tem essa reação bizarra a momentos como esse. Não consigo chorar, não consigo sentir ódio, não sinto nada... É estranho saber que me enganei e não conseguir nem demonstrar...

Eu nunca tento. Mas e quando a gente tenta e dá tudo errado, hein? Sei que devia ser motivo pra eu tentar de novo pra me superar... mas só consigo pensar em fechar a porta, trancar com chave e cadeado e não deixar mais ninguém entrar.
Porque ninguém vale o esforço.

Mas ele valeu. E quando a gente acha uma pessoa que vale “até o tufo”, talvez seja a pessoa certa na hora errada, mesmo.

Sabe aquela fitinha preta ali? Ela nunca vai sair do lugar.

Seria eu, se não fosse você

Vai demorar uns dias pra voltar a sorrir…
Vai esquecer de tudo aos poucos, aprender a sentir falta.
Deixar de lado o que sente, disfarçar a insatisfação, engolir o choro.
Transparecer apenas o que lhe convém.
Se mostrar forte, segura de si, mas na verdade…

Não aguenta mais a sensação de não encontrar nessa vida algo parecido com o que achou que a vida seria…

Vai caminhar sozinha, procurar em um abraço qualquer razão pra dizer que ama, mantendo uma distância confortável e não se entregando jamais por inteiro…

Vai sufocar o coração que não desistiu e não aguenta mais a sensação de procurar nessa vida algo parecido com o que achou que a vida seria e não encontrar…

(Seria eu se não fosse você - Valentin)

Se eu fosse "muda" talvez ajudasse

Sabe, às vezes tenho vergonha de ser eu mesma, de dizer o que sinto. Tenho medo que você se incomode, canse e me passe a diante.

Sou assim, mesmo. E esse lado meu é o que não deixo você ver.
Você vê a que sorri, que brinca, que se diz segura e certa de tudo que (acha que) sabe.
Mas toda vez que você vai embora, rio sozinha da minha quase desgraça, do meu cabelo bagunçado, do meu pé feio, dos quilos que ganhei no ano passado. Aí penso de novo "como ele me aguenta?".
E quando vejo todas aquelas meninas lindas que me dizem que te acham demais, abaixo a cabeça e tenho só uma certeza: vou ter que comer muito arroz e feijão pra chegar aos teus pés. Porque cada vez que você sorri, ou mexe no cabelo, me desmonto, perco a fala, fico com vergonha de dizer qualquer coisa e estragar o que você consegue fazer sem nem tentar.

E é nessas horas que me torturo, me achando ridícula por me esforçar, por achar que preciso correr pra ser quem você merece. E me perco, me estrago, na certeza de que todas minhas corridas são só motivos pra você me achar uma idiota.

Aí escrevo, porque alivia. Escrevo tudo o que não tenho coragem de te dizer... Parece mais simples desabafar e deixar tudo em segredo. Mas esses dias, depois de publicar um texto, me dei conta de que você poderia ler tudo isso. E foi aí que me senti a maior babaca de todo universo. Te imaginei por horas irritado, balançando a cabeça em negação. Ah, sou uma idiota mesmo. Eu que sempre gostei de escrever sobre os outros, agora me entrego e não sei falar de outra coisa. Há um mês eu só consigo escrever sobre a confusão que você fez aqui.

É complicado demais gostar de alguém...

Ventania

Achei que sabia.
E ousei ter certeza.
Aí descobri que não sei de nada.

E virei a página.
Mas veio o vento, e me levou de volta pro mesmo lugar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Metade

Quero escrever tanto, sobre tantas coisas, que as pontas dos dedos doem, na necessidade de digitar.
A cabeça, cheia, pesada de idéias perdidas e pensamentos sem razão, já não consegue mais dar conta.

Três dias foram o bastante. O bastante pra ver que falta alguma coisa.
Tá, sempre falta, blá blá blá, "você nunca tá satisfeita!", blá blá blá, sei de tudo isso.
Mas às vezes a gente não sabe explicar muito bem o que espera, o que procura. Sinto aqui aquela sensação permanente de incompleto, de metade. E quando tento me concentrar pra descobrir o que me falta, perco um pouco do ar, da noção...
E tá sendo assim há algum tempo.

A verdade é que existe uma razão pra eu nunca deixar ninguém entrar. Quando eu me privo de olhares, de amores passageiros, de coisas assim, completamente sem sentido, é por um motivo muito óbvio: não sei lidar com isso. Nunca soube.

Grito intensidade... Como diz uma grande amiga minha, eu sinto em negrito, CAPS LOCK, sublinhado...
Não adianta. Quando gosto de alguém, gosto de alguém. Não sou meio termo, não sou o que a maioria espera de mim.
Não sei ser essa garota que a cada dia tem um amor diferente. Não sei ser essa menina indecisa, que não sabe escolher com quem quer ficar... E isso me estraga. Isso me faz ser diferente, mas cansativa, insistente daquela forma chata, daquele jeito que só quem tem muito jeito consegue aguentar. E você acha que não sei disso?
É por esse motivo que fico me escondendo, engolindo as palavras, transbordando orgulho. E fico remoendo vários pensamentos inúteis nesse meio tempo... Não adianta. Sinto tudo sozinha.

E eu sei que 87,4% das coisas que me colocam nessa área desconfortável são aqui da minha cabeça. Porque eu penso demais, imagino demais, calculo todas as possibilidades... sofro por antecipação. Não sei simplesmente "deixar rolar", porque sempre acho que alguma coisa tá errada...
A gente às vezes cansa de tomar a iniciativa e não ser correspondida, sabe?
Ou de correr atrás e não receber "retorno".
E claro que morro de medo que tudo isso esteja acontecendo porque EU estraguei com esse meu jeito "profundo" de sentir tudo demais.

Mas olha BEM pra mim. Eu tô tentando, de verdade. E de peito aberto, como sempre... E na realidade, eu nunca lidei com uma situação como essa.
Você pediu calma, pediu a velocidade mínima, e me disse que ia ficar tudo bem... Eu confio em ti.
Tá difícil aqui. E sei que você não espera isso de mim...
Mas tá difícil porque não tô acostumada. Me sinto um pouco perdida no meio do nada, esperando alguém me buscar pra mostrar o caminho certo. Sempre disse que era um labirinto... e eu sigo perdida. Fico tonta procurando uma saída.

Mas sempre que eu paro e penso nisso tudo, sempre chego na mesma conclusão... Não importa o que aconteça daqui pra frente. Tô disposta a esperar o tempo que for preciso. Não vou sair daqui até que me digam com TODAS as letras que tô perdendo meu tempo.

Você é como um cubo mágico. É difícil chegar até a solução... mas juro, sou paciente.
E a gente precisa ser honesto com o que sente... e aqui tá tudo o que eu sinto, o que grito, o que quero que você entenda. E se o que falta aqui é uma resposta tua, eu seguro a barra.
Vai dar tudo certo.
Né?