Queria saber te colocar contra a parede e perguntar "ESCUTA AQUI, O QUE TÁ ACONTECENDO?".
Mas eu viro o rosto.
Eu escondo o sorriso bobo.
Finjo que tá tudo ótimo e viro a menina de 12 anos de novo.
Aquela que se escondia atrás da mesa da escola e não contava o que sentia pra ninguém.
A gordinha descoordenada, desinteressada e que nem interesse despertava.
É esse medo idiota, misturado com um pessimismo constante, que sempre me faz andar pra trás e não entregar nada assim, logo de cara.
Fico só jogando migalhas, achando que isso vai interessar.
Quem sabe.
Te daria o mundo se fosse preciso.
Ia e voltava da China se você me pedisse pra provar o que sinto.
Mas, de novo, só sou eu aqui com meus 12 anos e minha imaginação infantil.
Aquela coisa de querer segurar na mão depois da aula e ter um ombro pra encostar a cabeça na volta pra casa.
Sem maldade, sem malícia.
Aquela coisa pura, que desperta em mim assim que você sorri.
Tomara que seja assim pra sempre.
Um comentário:
PARA RENATA, PARA
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