quarta-feira, 4 de março de 2009

"I think back now and then, I hope you know I care"

Sentir falta de alguém. Fácil.
Fácil também pensar nisso. Horas a fio, dias, noites, semanas, meses.
Fácil.

Lidar com isso?

Aí dificulta tudo.


Lidar com a falta de alguém, independente de quem seja, como seja, e porque existe essa falta, isso é difícil.
Dá pra esconder, dá pra fingir, se enganar, dizer que não. Mas uma coisa é a saudade. Outra é mentir pra si mesmo.
Existe uma linha tênue separando estes dois pontos, acredite. Uma hora até você se perde em seus próprios pensamentos, sem saber o que realmente passa na sua cabeça.
O que é passado, tá realmente dentro da gaveta? Ou tá só escondido debaixo de outros papéis, enquanto você afirma que já foi descartado?
Veja bem a verdadeira complexidade da coisa.
Por momentos eu tinha certeza do descarte. Em outros me pegava pensando em como uma “coisinha” podia parecer um buraco definitivo em mim.

A resposta talvez demore pra chegar. Na verdade, por mais cálculos e análises realizados, sempre surge uma ponta de dúvida em qualquer conclusão tirada.
Então, como quase tudo na vida, é apenas uma questão de tempo. Quanto tempo? Dizer é tão difícil quanto lidar com essa falha permanente que deixam na gente.
Talvez algumas atitudes ajudem a clarear o pensamento, dependendo do tempo. Mas talvez apenas faça aumentar o sentimento...

Ontem, por um instante, fiquei pensando onde foi que errei, errou, erramos.
Porque “me livrei” daquilo que, em tantos momentos, me fez tão bem.
Mas depois lembrei de tudo o que passei, e nos tais “quatro meses de tormenta”, esperando a tragédia anunciada, vivendo contra o fluxo.
E no final das contas... um sorriso e um abraço me fizeram pensar claramente que a saudade é algo que talvez não possa nem ser descartado após a possibilidade de fazê-lo.
A saudade pode ser permanente, mascarando a vontade de ter todos aqueles momentos de novo.

Se a gente quer aqueles momentos de novo?

Aí é difícil responder... e a gente acaba ficando com a saudade e com a falta, mesmo. Com a falta de ar e o aperto no peito. Deixa assim. Melhor não saber o que fazer do que eliminar de sua vida algo que claramente é tão impossível de apagar.

2 comentários:

iarashi disse...

é sempre uma escolha.

Camila disse...

mas nem sempre só nossa. :/