domingo, 9 de maio de 2010

Minha incrível-super-mãe

Morar longe da minha mãe foi uma escolha minha. Eu que bati na tecla de caminhar com meus próprios pés, que teimei dizendo que a vida na cidade grande seria mais proveitosa. Apesar do aperto no peito, minha mãe sempre me apoiou. Era sempre a primeira a sorrir quando eu comentava essa vontade e, quando finalmente consegui essa mudança pra capital, foi o parabéns dela que chegou primeiro aos meus ouvidos.

Minha relação com ela sempre foi toda cheia dos poréns. Quando mais nova, eu era toda ciúmes, e não aceitava nem quando ela abraçava meu irmão mais velho. Já adolescente, abracei a fase “rebelde” e ia contra tudo o que ela dizia. Depois de muitas quedas e de um esforço absurdo (este da parte dela), ela se tornou minha melhor amiga. E claro que dizer que a mãe é a melhor amiga é o maior dos clichês da história dos clichês mundiais, mas talvez as pessoas não entendam direito o que isso signifique. Amigo que é amigo não critica nossos passos. Ele nos avisa dos perigos, mas abre nosso caminho, sem impedir nossas escolhas.

Minha mãe brigava comigo quando eu passava o dia todo ouvindo música no quarto ao invés de estudar. Fazia o mesmo quando minhas tardes se resumiam a horas na frente do computador. Hoje eu trabalho com música e mídias sociais. Realmente é curioso, se você for parar pra pensar que hoje faço tudo aquilo que ela mandava eu não fazer. E pior, ganho dinheiro pra isso!
Caminho com meus próprios pés fazendo aquilo que ela me mandava parar de fazer pra “me tornar alguém na vida”. E me tornei alguém sim, mas fazendo tudo aquilo que ela achava errado.
O engraçado de tudo isso? É que apesar dela ir um pouco contra às noites em que eu virava fazendo cobertura de shows, ela sempre assistia meus programas, orgulhosa das matérias que eu fazia.
É que é pra ela que eu ligo quando consigo alguma vitória profissional. Seja pra contar de uma vitória de alguma banda que apoio, seja nas minhas várias investidas online. E ela lê tudo, é fã de todas as bandas que trabalho, entra no meu blog sempre, vibra cada vez que eu digo “Mãe, consegui”.

E graças a essa minha rebeldia de ir contra ao que ela me mandava fazer, é que consegui. Graças a ela. Ela que nunca me impediu de nada, minha incrível-super-mãe.
Eu amo minha “mamífera”.

Feliz dia das mães, Dona Eni!

Nenhum comentário: