terça-feira, 10 de agosto de 2010

Baile de máscaras

Vou te explicar uma coisa: Na vida, nada daquilo que te passam como correto vai ser maioria. Teus pais te dão uma porção de lições, que não vem à toa. Mas, claro, cada um faz o que bem entender.

Existem meninas que não se preservam e vão se queimar por achar que tem que agradar a todos os meninos, e meninos que acham que precisam ficar com todas elas. Existe gente que não se importa com o que os outros pensam, e gente que não tá nem aí e fala tudo o que quiser de todo mundo.

Meu pai sempre dizia que eu precisava me preservar. E ele repetia isso, incansavelmente, me fazendo ver que eu precisava ser o melhor que tinha em mim, sempre.

E você vai me dizer que isso não faz diferença? É claro que não posso obrigar ninguém a ser uma coisa que não é, mas é tão chato quando todo mundo começa a ver só nosso “pior” lado, fazendo comentários desnecessários, passando a diante uma imagem que não é nosso total. Sempre cuidei pra que isso não acontecesse comigo.
E quando vejo isso rolar com uma pessoa que gosto muito, me perco um pouco, achando que cabe a mim resolver tudo. Mas não é assim. Ainda mais quando a pessoa repete o erro várias e várias vezes, sempre a mesma coisa, sem nunca tentar melhorar. Porque esse talvez seja o melhor apenas pra mim. O melhor que eu vejo como tal.

É triste cruzar os braços, conformada com o que acontece ao seu redor. Eu queria pegar essas pessoas pelo braço e ensiná-las que não é assim que se vive, e que estão todas equivocadas ao acharem que fazem o correto. Mas quem sou eu pra falar alguma coisa?
Não cabe mais a mim.

A bagunça já está feita. Só não contem comigo pra limpar o salão desse baile de máscaras depois.

2 comentários:

Lais Dornelles disse...

quando desenho um rosto, qualquer rosto, é como se cortina após cortina, máscara após máscara, fossem caindo... até que resta uma máscara final que já não pode ser removida nem reduzida. quando termino o desenho, sei muito a respeito desse rosto, pois nenhum rosto pode se esconder por muito tempo. mas embora nada escape ao olho, tudo é perdoado de antemão. o olho não julga, não critica, não moraliza. aceita as máscaras com gratidão, tal como o fato de que os bambus são longos e os girassóis são amarelos.

the zen of seeing - frederick franck.

lembrei de ti. ;)

Renuska disse...

Genial, Laís.
As máscaras caem um dia :~~~