segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Capacitor de Fluxo

Cansada, ela procurava nos olhos castanhos algum tipo de certeza de que tudo daria certo. Ele sorria, como uma prova de que ela não precisava se preocupar.
Ouvia aquela canção, repetitivamente, pois era a garantia de que eles estariam sempre ali.

E quando via que a vida já não era mais a mesma, respirava fundo, olhava pra cima e, rapidamente, segurava o choro. Mais que todo mundo, ela queria seguir em frente. Mas era complicado, já que aquele fio de vontade não demonstrava sinal algum de que iria embora.

Aprendeu a viver daquele jeito. Aquela era a maneira dela de viver. Aquela era sua rotina, e já não importava se alguém a reprovasse.

A vida dela não passava de uma lembrança. Toda aquela saudade que ela segurava e apertava forte com a palma da mão antes de dormir.

4 comentários:

iarashi disse...

vc se agarra em músicas como eu me agarro em livros.

Anônimo disse...

Eu me agarro em músicas como você se agarra em músicas. Sua última frase me lembrou um trecho de A Insustentável Leveza do Ser. Tereza sempre dormia agarrada à mão do amado. Um beijo.

Dri Andrade disse...

adorei, assim como adoro musicas e livros,beijocas

Renuska disse...

Adoraria um modo pra poder responder os comentários, um por um! :/

Adoro o que vocês escrevem!! :)