sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fogos de artifício

Aquela música eu nunca consegui escutar. Sempre pulo na metade, enquanto driblo a dor de saber que não significo nada pra você.
Estaria eu fadada ao fracasso de nunca mais conseguir olhar nos teus olhos?
Me repito em palavras que, pra ti, não significam nada. E sou alvo de críticas anônimas, sussurros sobre meus erros, sobre minha memória que não sei apagar.

Já me acostumei com a idéia de que o aperto que isso me causa já nem me faz mais chorar. E já não me abalo mais. Parece que meu corpo e minha cabeça já se acostumaram com minha derrota. Então aqui estou, tentando dar um passo a frente, tentando avançar sem conseguir voltar atrás. Mas sempre viro a cabeça pra lembrar, pra tentar entender como eu consegui te deixar ir.
O sentimento de culpa aqui nunca se curou. E fica pior ainda quando vejo que já nem sei mais se minhas lembranças são reais, ou apenas fruto da minha imaginação, criadas por aquela vontade de viver ao seu lado e ter aquilo que até hoje eu não encontrei.

Não vejo a hora de ir embora, de te apagar, de me livrar do monstro que você criou em mim. Mas, no fundo, eu só quero que você me abrace forte, dizendo que vai ficar tudo bem e que, um dia, vou poder sorrir do mesmo jeito que sorri naquela noite em que você riu da minha cara, dizendo que nada ia acontecer.

Eu sinto falta disso.

3 comentários:

Carla P.S. disse...

Um copo metade cheio ou metade vazio?
Se concentra na parte boa, já bebeu o líquido? Parte pra outra. Há milhares de gente apaixonante por aí. Não falei que ia ser fácil, nem que não dói, mas tu vai superar.

Renuska disse...

Haha é Carla, é o que tento dizer pra quem escrevi isso. :)

iarashi disse...

eu sinto falta d vc.