sábado, 6 de novembro de 2010

RS - 287

Ela já não fazia aquele mesmo trajeto há muito tempo.
Mas, sempre que fazia, lembrava daquele perfume forte que ele costumava usar.
Nessas longas horas é que se dava conta do quanto ele fazia falta.

E independente de tudo o que sentia, sempre se rendia ao prazer de voltar.
Em seus braços é que ela se sentia segura, mas ele já não bastava. Nem nunca bastou.

Mais uma vez ia pra longe, ouvindo as mesmas canções e sempre usando aquele tempo pra lembrar.

“Acho que nunca serei capaz de superar nós dois”.
Secou as lágrimas, e sorriu. Afinal, foi isso que ele a ensinou a fazer.

E viveu.

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