segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Auxiliadora

Logo quando sentei no ônibus, me desesperei. Abri a bolsa e não achei caneta.
Só tinha ali o bloquinho rosa, mas NENHUMA caneta.

Aquela sensação ruim, como se alguém tivesse me impedindo de alguma coisa me matava. E fui até em casa guardando e acumulando, ouvindo todas aquelas músicas tristes de sempre e tentando me conformar.

Eu achava que, por estar completamente fracassada na vida pessoal, todas as outras coisas dariam certo. Porque é assim que tem que ser, né não?
Quando a gente só toma ruim atrás de ruim numa área, a outra pelo menos tem que funcionar.
E na real sempre consegui me segurar com decepções porque quase que já me acostumei e tô pronta pra elas. Mas quando EU sou a decepção fica mais difícil.

Passei dias demais sozinha com tempo livre o bastante pra conseguir (ou pelo menos tentar) analisar tudo, desde o começo, e até me perco nas minhas histórias e nos meus pensamentos. Fico tonta com tanta coisa, tantos erros e quase nenhum acerto.

Mas é nessa tentativa que eu tanto bato a cabeça contra a parede, a ponto de já nem saber mais direito quem sou ou até mesmo quem posso ser... Tem coisas que não reconheço. Queria tanto ter tomado algumas decisões diferentes. Vivo tão na dúvida e no "será", na possibilidade trouxa e num sentimento incompleto que nada parece dar certo.

Parece que é sempre só metade do caminho.
E eu tenho uma estrada inteira pra percorrer... mas nunca consigo chegar no fim.


Um comentário:

iara felix disse...

it's not over, until it's over.
é por isso que voce não chegou no fim da estrada.
o jeito [iara positiva hoje aqui] é desencanar de chegar no final da estrada, e tentar observar e apreciar mais o que tiver no caminho.
o resto é só consequência.

e de qualquer maneira, em qualquer pedaço da estrada que voce estiver, qnd vc olhar em volta, vai ver q to lá, torcendo por vc,sempre.

bjs