segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Idiota por ainda ser a idiota

Precisava de alguma mão que me salvasse.
No desespero, estendi a minha ao desconhecido.

E há tanto tempo me vejo presa, que às vezes me assusto por me sentir exatamente do mesmo jeito.

Esses dias me dei conta de que meu coração ainda para de bater pelo mesmo motivo de alguns meses atrás. Que decepção comigo mesma. Não era pra ser assim.
Saiu até um resmungo. "Ah, por favor. DE NOVO NÃO."
Sabe quando você se sente ridículo porque chegou na parada no exato momento em que o ônibus arrancou? Me sinto assim.

Tem coisas que a gente simplesmente sabe que não podem acontecer. Que a gente sabe que não tá certo. E eu sei bem o que é certo e o que é errado. E só quero que isso passe... que eu consiga ficar bem, que recomece do zero, que não fique mais assim pelo o que já devia ter esquecido.

Superar é uma grande pegadinha. Sempre que você acha que já passou, lá vem ela de novo, rindo da sua cara.
Eu já devia ter me acostumado a essa altura do campeonato.

Escrava do que sinto, imploro por algo que me faça ser quem eu era. Já tem gente que diz nem me reconhecer mais.

E aí o que faço?
Se me esconder, perco.
Se for atrás, corro o maior risco de todos.


Olha quanto tempo já passou.
Olha quantos dias, quanta coisa já aconteceu.
Olha.
Não importa quantos passos eu dê. Sempre acabo voltando pro mesmo lugar.

2 comentários:

Mike Metralha disse...

Leminski dizia: "Nunca cometo o mesmo erro duas vezes. Já cometo duas três, quatro, cinco, seis... Até esse erro aprender que só o erro tem vez." Na dúvida, mate e alegue insanidade mental. Sempre funciona comigo. ;)

Abs,
Michel

Anônimo disse...

Adoro quando um texto consegue retratar aquilo que eu estou sentindo.
É notável quando alguém consegue descrever com tanta precisão aquilo que sente, como você fez.
Muito bom texto, abraços.