segunda-feira, 1 de março de 2010

Vai embora

Ontem mesmo tava pensando: tem como sentir falta de alguma coisa que já passou?

Não passou como PASSADO, mas que já sarou, já curou e que não te dói mais.

Fiquei muito tempo tentando sacar se a gente lembra porque quer tudo de novo, ou porque só marcou a gente de verdade, e por isso é impossível de apagar. Como se fosse insuperável.


E aí pensei, analisei, calculei, e não... não é querer tudo de novo. Mas não dá pra passar por cima daquelas coisas que definiram alguns comportamentos em nossas vidas, sabem?

Independente do que seja.

Não é a toa que a gente fala tanto em cicatrizes, marcas e feridas...

Rala teu joelho no cimento pra ver... Vai machucar, doer, e vai ser um saco! E apesar do tempo passar e curar essa ferida, a marca vai ficar ali por muito tempo. E sempre que você olhar pro seu joelho, vai lembrar da burrada que fez quando caiu e se machucou por besteira. E vai lembrar de todo mundo te dizendo "não coça, senão cai a casquinha e vai demorar ainda mais pra sarar..." Mas a gente coça, até aprender que não é assim que a coisa funciona.


Entendem?


A ferida do meu joelho já curou há muito tempo. Mas não tem um dia sequer que eu não olhe pra lá e não lembre da queda, da dor, do machucado e de como foi “traumático" o processo.

E não, não quero cair de novo, porque ralar o joelho é um saco! Mas sempre lembro da fase de cura, e de como é absurdo uma ferida coçar e você não poder “tirar a casquinha” porque dói mais.

Sempre parece que a casca não sai nunca, mesmo quando parei de coçar. De qualquer jeito, a marca segue aqui.


É dessas coisas que não saem nunca mais.

3 comentários:

Lais Dornelles disse...

"Mas a gente coça, até aprender que não é assim que a coisa funciona."

bá.

Mariiia disse...

ah, as cicatrizes...

Renée Hasperoy ;D disse...

MUITO verdade!
Amei :D