quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sobre medos e maratonas

Toda vez que me pego escrevendo sobre amores e desamores, me dá um pouco de dor de cabeça.
Sou constante nesse assunto, insistente, como se sempre tivesse algo pra resolver.

Sempre são dores, chororôs, papo furado, por assim dizer.

E se eu te contar que eu só levei UM tufo DE VERDADE em toda minha vida, você acreditaria?
O resto foram só decepções. Que aliás, são bem comuns, como você pode ver.

Mas o "tufo", pra quem não sabe, é quando se atinge o limite do "pé na bunda", é o fora mais sofrido, é a realidade te dando nocaute, levando o troféu pra casa, te deixando ali, caída no chão.
Só passei por essa "derrota" uma vez (e faz tempo). Foi exatamente ela que me mudou completamente, que me deixou mais instável, mais dura, completamente desconfiada e "vazia".
Não brinco quando digo que não deixo ninguém se aproximar porque eu gosto de ficar sozinha, é mais fácil lidar com os meus problemas do que ter alguém ao meu lado me deixando "pior".
Sempre são expectativas, desejos, vontades, e a pessoa quase nunca as alcança... Só que o erro é sempre MEU, porque as expectativas são MINHAS. E as pessoas, bom, elas são APENAS pessoas.
Então é mais simples eu ficar sozinha do que ter que me desapontar sempre quando erro sobre alguém.

Mas sempre falo, escrevo, grito, e nunca sei o que me faz falta realmente. Se é companhia pra sair, se é alguém pra tomar café logo depois que acordo, ou só uma pessoa pra dividir a lasanha congelada da Sadia que SEMPRE sobra pela metade. E isso é o que mais me chateia nas férias: o tempo livre. Vocês tem idéia do quanto minha cabeça deu voltas entre dezembro e o dia de hoje? Isso atrapalha tudo... e sem dúvida foi o que me estragou nesses últimos meses. Não era pra ser assim. Não posso me dar ao luxo desse tempo porque só eu sei pra onde sou capaz de me levar quando ele sobra.

Sempre penso demais, sobre coisas demais. A análise infinita de tudo aquilo que eu nunca encontro solução. E fico falando as mesmas situações, usando diferentes palavras sobre
como "sou forte" e de como dói "saber que ele não quer nem olhar na minha cara".
Uma palhaçada.

Vai ver que é por isso que sou tão insistente ao falar de uma coisa que não faço questão de sentir: eu preciso dela. Querendo ou não.
E é nessas horas, meu caro, que levanto a bandeirinha do "EU SOU UMA FARSA!" e sou vítima de apedrejamento em praça pública! Porque sou uma completa panaca que só se mantém
longe porque tem medo do que pode sentir.

Eu já senti demais, e confie em mim, não sou familiarizada em ver tudo isso dando certo.
É tão mais fácil sair correndo do que lutar contra as coisas que nos apavoram, né não?!

Mas apesar de saber que não se aproximar é o que pode me salvar, taí um mal que vou ter que me acostumar a lidar.

A gente corre, se esgota, desidrata, quase uma maratona. As dores são parecidas e o tempo pra curar a decepção, quase uma fisioterapia. É um tratamento chato, que pede paciência, mas no fim a gente sempre ganha.
Sempre vai ter o dia seguinte pra comer sozinha os restos da lasanha, ou sempre vai ter algum filme legal passando na TV que ajuda a fazer o tempo voar.

Posso ter sido vencida pelo coração, mas essa o tédio não leva.

2 comentários:

TOKSIX Official Street Team disse...

Eu realmente me identifiquei com o que vc escreveu! Renuska vc tem razão meu! teu post veio na hora certa pra mim! Vlw!teu Blog é demais parabéns! Bjão

@Juh_RevyShadows

Ju.M disse...

Oi,estava dando uma olhada nos blogs alheios e li seu post.
eu moro com mais 4 meninas, e bem..imagina a quantidade de amores e desamores diarios ahahah.
Outro dia estavamos discutindo essa questão do que esperar de um relacionamento, e qual o papel do namorado.Na verdade muitas vezes, procuramos nele, suprir a falta de amizades, afinal chega uma hora que todos estão acompanhados e só você solteira, ou seus amigos tomam rumos diferentes...
Mas relacionamentos são sempre difíceis, alguns nos marcam de mais.
Sobre o que você falou sobre as expectativas,concordo, e acho que entra uma questão de intimidade.Depois de um tempo você começa a esquecer de fazer elogios,e se acha no direito de criticar..."pare de fumar,trabalhe mais, estude mais"...e ai começa tudo...ehehe

bem...vou te seguir, acho que podemos trocar várias teorias!!

bjs