Aconteceu quando olhei pro céu.
Vi as nuvens e não consegui associá-las a nada. Eram apenas nuvens. Nada de coelhos, monstros, nada.
Tentei forçar o olhar, desejando por algum tipo de imaginação que me fizesse olhar direito, mas, na verdade, não desejo nada. Nem de bom, nem de ruim.
Me calei e finjo, em silêncio, que sei tudo o que quero.
Me perdi entre nuvens, no tempo, em vontades cortadas ao meio, incompletas e tentadoras.
Não existe arrependimento. Existe falta de coragem pra assumir que não consigo mais.
Um comentário:
Vi as nuvens e não consegui associá-las a nada. Nem como nuvens!
Acho tão bela essa sua previsão infortuna do dia de amanha, mostra-te como um enigma em seus textos.
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