segunda-feira, 19 de julho de 2010

Agosto

Ele me chamou de monstra, admirado pelo que lhe confessei. Parecia não acreditar na minha força, se mostrou surpreso por saber como eu ainda lidava com tudo aquilo.

Na hora, quis chorar. Precisei me cuidar pra não mostrar que, na verdade, sou fraca, que não sei lidar com isso. Sou toda de mentira. Uma farsa que fracassa sempre que tenta sair na frente.
Brigo com o relógio todos os dias, tentando mostrar que sou melhor. Mas ele sempre, SEMPRE me ganha. Vivo naquela realidade paralela em que o tempo ainda não passou, que aquele ano não acabou, que ainda estamos naquela vida de ficção. Na rotina, apenas finjo seguir o fluxo, faço de conta que também sou de verdade.
Em vão.

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