quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sem voltar atrás

"Não chora! NÃO CHORA!”
- Chorar? Não vou chorar!
“Vai sim. Olha teu olho aí. Marejado, embaçado. Tá na cara que lágrimas estão pedindo pra cair.”
- Que nada, você nem me conhece. Ora, lágrimas. Sou forte!
“Bom, você se sabe. Depois não diz que não avisei...”

Enquanto as lágrimas caiam, ela ficava confusa, sem saber se eram lágrimas de ódio por estar errada, ou era culpa daquela dor que sentia.
Todo dia a mesma coisa: lutava contra a mágoa que sempre impedia de aparecer. E sua consciência, com toda aquela ironia, ria como quem faz questão de fazer piada com a tragédia alheia.

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