quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dez pras Onze

Peguei a chave de casa, pensando em ir embora. Arrumei a mala cautelosamente, cheia de vontade de partir.
Ao ver o armário vazio, o espaço em branco parecia ser em mim. Pensei em recolocar as coisas no lugar e sentada na cama, cogitei quais seriam as chances de seguir no mesmo lugar.

Minhas coisas representavam a bagunça da minha cabeça. Tantos pensamentos embolados, amontoados... não é fácil pra quem sabe demais.
Era triste ver tudo indo ladeira abaixo. Mais uma vez, o fracasso me abraçava, cruel ao não me largar. E eu, boba, sorria pra ele, aceitando a posição que tínhamos de “melhores amigos”.
Não me importei em olhar pra frente. Cansada, fixei o olhar no chão. Baixei a cabeça pra verdade, e assim resolvi viver.

Essa vida que parece um eterno carrossel.

Um comentário:

iarashi disse...

gira e não sai do lugar
=/
sei bem.