A vida me dá o drama e devolvo o cálculo. Nenhuma solução. Escuto, escrevo, falo, comento. Sinto. Até demais.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
302
sábado, 26 de novembro de 2011
Assim será
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Espera
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Estação rodoviária
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Cimento
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
1 + 0 =
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Idiota por ainda ser a idiota
sábado, 10 de setembro de 2011
BR 116
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Ficção
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Eu
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Carta pra lugar nenhum
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Auxiliadora
Chuva de pedra
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Cidade cinza
sábado, 13 de agosto de 2011
"Transformers 4"
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Trem 119
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Âncora
Às vezes falta alguma coisa e eu não sei direito o que é.
Aí coloco aquelas músicas do Thomas Dybdahl pra tocar.
Às vezes parece que é muita informação pra processar... em outras, parece que é pouco... que tem que ser mais. Mas mais o que?
Eu queria ter tido algumas respostas antes. Quero conseguir solucionar isso.
Não gosto muito de planos e projetos, independente de quais sejam. Não gosto porque eles nos dão expectativas. E as expectativas da minha vida SEMPRE resultaram em decepções. Mas de que adianta querer o dia seguinte se a gente não pode esperar muito dele? É aí que volto pra essa droga de ciclo idiota, que sempre me leva pro mesmo lugar. Pras mesmas músicas do Thomas Dybdahl e pro vazio inexplicável.
É engraçado ver gente dizendo que gostaria de estar no teu lugar. Principalmente quando nem você sabe se é ali mesmo que queria estar.
Minha cabeça tá sempre longe. Não sei o que precisa acontecer pra colocar finalmente os pés no chão.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Quando vem, quando vai
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Branco e preto
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Gaveta
Escute as músicas que te lembram ele.
Veja as fotos, os recados antigos, os bilhetes.
Sorria com as memórias boas.
Brigue com as ruins.
Te dê a chance de viver toda aquela história de novo.
Foi?
Certo, agora respire fundo e guarde tudo na gaveta.
Aquela que você nunca ousa abrir.
Uma hora a gente tem que esquecer.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Deixa o tempo resolver
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Ontem, HOJE, amanhã
domingo, 12 de junho de 2011
RS 292
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Ele
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Bloco de notas
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Plástico
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Deixa eu te contar...
terça-feira, 24 de maio de 2011
Sem título
terça-feira, 17 de maio de 2011
Adrenalina e coração
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Alheio
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Espera e vai
sábado, 7 de maio de 2011
"Adeus. Volto logo"
Avesso
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Vazio por completo
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Pretexto
domingo, 1 de maio de 2011
Infinito
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Palavras de quem ama (mas também não quer mais)
terça-feira, 19 de abril de 2011
Escolhas
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Formato: indefinido
terça-feira, 5 de abril de 2011
De novo
terça-feira, 29 de março de 2011
Incapaz
domingo, 27 de março de 2011
Memória fraca, coração nulo
A gente desiste depois de sempre ver a vida insistindo no mesmo erro.
terça-feira, 22 de março de 2011
O incrível caso do coração que petrificou
quinta-feira, 10 de março de 2011
Bilhete de caneta azul
Quando chega, atira as roupas pelo chão.
Se tranca no quarto, cheia de manias, como uma velha senhora que há anos repete o mesmo ritual.
Perde as contas dos dias, não sabe mais quantas semanas.
Sempre suja o pijama de café e acha engraçado quando encontra manchas tão parecidas pelo chão.
Dá duas voltas na chave da porta da frente, mas sempre esquece de fechar a janela.
Tem preguiça de fechar as portas do guarda-roupa e dorme com a TV sempre ligada, por medo da solidão do escuro.
Quando acorda e vê que já passou do meio-dia, lembra que lá se vai outro dia que ela deixou escapar.
E no calendário imaginário que montou em sua cabeça, já faz muito tempo que o tempo esqueceu de passar.
Cansou de envelhecer.
Dois mil e muito
Mas vai ser sempre do mesmo jeito: a queda livre acaba comigo, mas eu levanto, sorrio e sigo no mesmo lugar, lembrando sempre de tudo o que me fez começar.
Já cansei de tanto errar, mas tenho que aceitar: só assim mesmo pra ver que a certa aqui sempre fui eu.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Finanças de um coração falido
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
O depois que nunca chega
Quando você não aguenta mais, isso começa a transbordar e não há máscara que aguente.
Quando você precisa, alguém só diz “SUPERA”, e não se importa em te consolar ou só te abraçar pra ajudar, porque esse alguém não se importa.
Ninguém se importa.
É um vazio infinito, nada parece preencher. E quando chega aquela hora que até você não se aguenta mais, se pergunta: “Porque não vim com botão de ‘hibernar’? Ia ser mais fácil me manter longe de mim mesma.”
Dá vontade de fugir, se esconder, recomeçar do zero.
Fazer novos amigos, mudar pra outra cidade, fazer uma plástica e ficar irreconhecível.
Vontade de um DeLorean e um capacitor de fluxo, de qualquer coisa que faça tudo ficar bem.
É difícil demais quando a gente não é o que esperam que a gente seja.
Mas é pior quando todo mundo ao redor não tem nada a ver com o que esperava que eles fossem.
No final, já nem se sabe de quem é o erro.
A gente só deseja colocar a cabeça no travesseiro e dormir pra passar.
Vai que dê certo…
Maria Pessimista e Joãozinho vai-dar-tudo-certo
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sobre medos e maratonas
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
A memória (quase) nunca falha
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Manual de superação
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Síndrome de Patinho feio
Incrível como aquele tipo de menina me perseguia. Era meu karma. Só podia.
Lindas, magras, com seus cabelos loiros impecáveis, que elas usavam pro lado na hora daquelas fotos em que, ACREDITEM, elas saiam todas iguais.
Sempre perdia pra elas. Sempre era passada pra trás.
Às vezes me sentia nadando contra a maré, tentando ganhar de todas elas. Mas nunca adiantava, sempre que achava que tava vencendo, uma delas me passava.
E eu olhava pros lados e parecia estar vendo uma repetição de estilos, elas todas idênticas, sempre com o olhar vazio de quem não tem nada a oferecer.
Aos poucos eu ia indo devagarzinho pro canto da sala, tremendo de medo, lembrando que não tinha nada daquilo que eles pareciam tanto gostar.
Era sempre assim… e elas sempre roubavam meu lugar.
Tão perto da linha de chegada, elas todas me passavam… e eu nunca conseguia meu espaço no pódio.
Cansada, desidratada, já sem ar, acabava por desistir na metade do caminho.
O mundo é delas mesmo!
E só me resta torcer pra que elas não acabem com tudo aquilo que eu demorei anos pra montar.
Meu próprio mundo, sabe? Sobreviverei.
Sobre tremores, ondas e o nascer do sol
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Tentativa de nº25
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Buraco no asfalto neon
Estrutura
Preferia fingir que ele havia se mudado pra Bulgária, preferia pensar que aquilo tudo nunca existiu.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Amigo tempo
Batalha
Você perdeu o lugar que era SÓ seu. Ele tá aqui, tomado de ódio e decepção, que substituem tão bem tua presença.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Diagnóstico
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
"Não sou tão teimoso quanto pareço"
Mas eu não passaria por ali tao cedo.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Recaída
Ficava enjoada com as lembranças de dias rápidos e curtos, em que ele parecia ser completamente diferente do que eu via hoje.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Zero
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
50 mg
Eu cansei um pouco dessa vida de acordar sempre igual, de ir dormir sempre igual. Essa vida de anestesias e remédios pra solidão. Esses dias todos idênticos, onde o único momento em que o coração bate mais forte é quando sou tomada por aquela lembrança de que a dor ainda não curou.
E quando tô prestes a lembrar de você, automaticamente seguro o choro, respiro fundo, e finjo que você nunca existiu. É mais fácil partir do zero e te fazer de um "mero desconhecido que virou amigo", do que de "o cara mais afudê do mundo... que partiu meu coração... e virou amigo".
Eu tento TANTO....
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Síndrome de Macunaíma
Preguiça das horas que não passam, das noites mal dormidas, dos dias banais.
Tenho preguiça das lembranças, das despedidas, do tanto que vai demorar pra esquecer.
Tenho preguiça de tudo aquilo que você já deveria saber, de tudo o que eu ouso sentir.
Tenho preguiça de pensar no quanto vai levar, de quanto custou tudo isso.
Tenho preguiça de te olhar, de tentar puxar assunto, de tentar de novo.
Tenho preguiça de seguir, de superar, de me explicar.
Só não tenho preguiça pra ter preguiça. E isso tenho de sobra...
Prato de hoje: AMARGURA
“Legal mesmo” é quando você vê que tá gostando de quem não queria. Eu sei que soa complicado e idiota, mas sabe, isso acontece. E é ruim.
Ruim porque aí você vê o QUANTO é idiota e decide deixar tudo de lado e, quem sabe pela primeira vez, se deixar levar pelo coração.
E o que acontece? Claro, dá errado! Porque a gente tenta, mesmo?
E aí fica tentando salvar o que estragou, utilizando todas aquelas máscaras de sorrisos forçados e frases prontas...
Já fui feita de palhaça tantas vezes na vida, não devia me surpreender assim. Mas a situação aqui é que EU mesma me fiz de palhaça. Eu tentei quando devia ter ficado quieta, eu alimentei uma coisa completamente confusa e absurda.
Antes de provar esse desespero trouxa, só me resta lidar com tudo isso. Porque a cada momento em que tenho vontade de sair correndo porque não dá mais, ou que tenho que segurar o choro, só eu tô ali pra me fazer companhia. Talvez isso tenha me levado a crer tanto que ninguém vale a pena... Porque ninguém merece aguentar meus dramas e todas as coisas que eu (acho que) preciso.
A gente sabe que o tempo cura tudo, que a gente vai superar e tudo mais. Mas todos os dias lembro que eu podia ter evitado, do quanto fui burra de achar que tinha alguma chance nesse jogo todo.
Talvez pior que se ver gostando de quem não queria, é achar que alguma coisa vai dar certo... e não dar.
Eu tranquei todas as entradas de casa. Aqui ninguém mais entra.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Pausa absoluta (2)
Não lembro mais do que sonho, nem se sonho mesmo.
O "descanso" não existe, dormir tornou-se automático.
Eu não quero fechar os olhos e lembrar de tudo que perdi.
Não quero acordar pensando no que nunca foi meu.
Queria poder evitar essas situações de desconforto, ou os sorrisos forçados e os olhares desviados.
Já nem sei mais se quero voltar no tempo pra conseguir evitar tudo isso, ou se espero o tempo passar pra atingir o ponto em que "tudo valeu a pena".
Sou como um balão vazio, jogado no canto da sala.
Não consegui, perdi, murchei. E só me resta o nada.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Ventania (2)
Esses dias descobri que não existe canto melhor na minha casa que a sacada que dá pra rua. Nunca morei em nenhum lugar com uma “sacada aberta”, e talvez por isso aquele tenha se tornado o meu ponto favorito de todo apartamento.
Foi quando sentei lá que começou a ventania. E não era um vento frio, agonizante ou daqueles que atrapalham. Era um vento bom, gostoso, renovador.
E naquela minha hora em que reservava pra olhar pro céu pra tentar resolver as gigantes e fúteis complicações da minha cabeça, que me dei conta:Tava REALMENTE tudo bem.
Eu externava, gritava, incomodava e me perdia, mas tinha certeza de que tudo serviu pra mostrar todas aquelas coisas em suas melhores formas.
Lembrei da Ana Terra.
“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando”.
O vento não secou meus olhos, não esfriou minha pele, não bagunçou meus cabelos. Ele me abraçou, com a vontade de conseguir, com a confirmação de que estamos indo do jeito certo.
Quando olhei pro lado, vi toda minha dor ir embora, voando, levada pelo vento.
Fizemos uma troca. E comigo só ficou tudo aquilo que um dia me fez tão bem.
Prato de hoje: IRONIA
É tudo uma brincadeira, não importa realmente.
Quem liga pra sentimentos? E DAÍ se você arriscou?!
A gente coloca um ponto final e DEU. Fica tudo bem. Fácil assim, tão simples quanto arrancar um band-aid.
E aí a gente conversa como se nada tivesse acontecido e sorri, porque QUEM liga pra um erro tão comum, né?
Acontece! Vai passar! Você vai superar e ainda vai rir de tudo isso!!
BLÁ BLÁ BLÁ, quem precisa de um coração?
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O tempo todo
Não olho pra frente porque o futuro pouco importa.
Mantenho o olhar baixo pra seguir com os pés no chão.
Ninguém vale o esforço, ninguém vale tentativas ou qualquer coisa que seja.
Não quero outra decepção.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Liberdade induzida
Aconteceu quando olhei pro céu.
Vi as nuvens e não consegui associá-las a nada. Eram apenas nuvens. Nada de coelhos, monstros, nada.
Tentei forçar o olhar, desejando por algum tipo de imaginação que me fizesse olhar direito, mas, na verdade, não desejo nada. Nem de bom, nem de ruim.
Me calei e finjo, em silêncio, que sei tudo o que quero.
Me perdi entre nuvens, no tempo, em vontades cortadas ao meio, incompletas e tentadoras.
Não existe arrependimento. Existe falta de coragem pra assumir que não consigo mais.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Música, café e abraços
A gente tem todo esse problema de esperar demais, de querer demais. São muitos passos atrás do que a gente julga como necessário ou importante.
Mas a verdade é que não importa o quanto você caminhe, esse tipo de coisa não é a gente que decide. É mais que todos os sorrisos e todas as vontades. É algo maior que a gente, e talvez por isso doa tanto.
Porque não é O fim que enche o saco e chateia naquela hora que você fecha os olhos antes de dormir. Mas sim saber que não foi dessa vez que você conseguiu. Que de novo, você se enganou. E que vai demorar mesmo pra você se acostumar com a idéia de que gostar de alguém é complicado demais…
Um dia a gente vai entender tudo isso. Do mesmo jeito que a gente entende de música, de café gostoso e de abraços bons.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Você disse que nós fomos um acidente...
Eu sempre tive medo desse tipo de coisa.
Mas nunca tinha tido a pessoa certa, ou a hora errada... Aliás, o que é uma “pessoa certa”, mesmo?
Essa noite fui invadida por uma vontade de não fechar os olhos, um gosto por olhar pro céu até que o sol nascesse. E aquele friozinho da manhã me fez lembrar o quanto eu gosto desse horário, de como me sinto bem quando consigo ver o sol sair.
Pensei muito, pensei demais, como sempre penso. Mas talvez seja melhor assim, mesmo. Meu corpo tem essa reação bizarra a momentos como esse. Não consigo chorar, não consigo sentir ódio, não sinto nada... É estranho saber que me enganei e não conseguir nem demonstrar...
Eu nunca tento. Mas e quando a gente tenta e dá tudo errado, hein? Sei que devia ser motivo pra eu tentar de novo pra me superar... mas só consigo pensar em fechar a porta, trancar com chave e cadeado e não deixar mais ninguém entrar.
Porque ninguém vale o esforço.
Mas ele valeu. E quando a gente acha uma pessoa que vale “até o tufo”, talvez seja a pessoa certa na hora errada, mesmo.
Sabe aquela fitinha preta ali? Ela nunca vai sair do lugar.
Seria eu, se não fosse você
Vai demorar uns dias pra voltar a sorrir…
Vai esquecer de tudo aos poucos, aprender a sentir falta.
Deixar de lado o que sente, disfarçar a insatisfação, engolir o choro.
Transparecer apenas o que lhe convém.
Se mostrar forte, segura de si, mas na verdade…
Não aguenta mais a sensação de não encontrar nessa vida algo parecido com o que achou que a vida seria…
Vai caminhar sozinha, procurar em um abraço qualquer razão pra dizer que ama, mantendo uma distância confortável e não se entregando jamais por inteiro…
Vai sufocar o coração que não desistiu e não aguenta mais a sensação de procurar nessa vida algo parecido com o que achou que a vida seria e não encontrar…
(Seria eu se não fosse você - Valentin)
Se eu fosse "muda" talvez ajudasse
Sou assim, mesmo. E esse lado meu é o que não deixo você ver.
Você vê a que sorri, que brinca, que se diz segura e certa de tudo que (acha que) sabe.
Mas toda vez que você vai embora, rio sozinha da minha quase desgraça, do meu cabelo bagunçado, do meu pé feio, dos quilos que ganhei no ano passado. Aí penso de novo "como ele me aguenta?".
E quando vejo todas aquelas meninas lindas que me dizem que te acham demais, abaixo a cabeça e tenho só uma certeza: vou ter que comer muito arroz e feijão pra chegar aos teus pés. Porque cada vez que você sorri, ou mexe no cabelo, me desmonto, perco a fala, fico com vergonha de dizer qualquer coisa e estragar o que você consegue fazer sem nem tentar.
E é nessas horas que me torturo, me achando ridícula por me esforçar, por achar que preciso correr pra ser quem você merece. E me perco, me estrago, na certeza de que todas minhas corridas são só motivos pra você me achar uma idiota.
Aí escrevo, porque alivia. Escrevo tudo o que não tenho coragem de te dizer... Parece mais simples desabafar e deixar tudo em segredo. Mas esses dias, depois de publicar um texto, me dei conta de que você poderia ler tudo isso. E foi aí que me senti a maior babaca de todo universo. Te imaginei por horas irritado, balançando a cabeça em negação. Ah, sou uma idiota mesmo. Eu que sempre gostei de escrever sobre os outros, agora me entrego e não sei falar de outra coisa. Há um mês eu só consigo escrever sobre a confusão que você fez aqui.
É complicado demais gostar de alguém...
Ventania
E ousei ter certeza.
Aí descobri que não sei de nada.
E virei a página.
Mas veio o vento, e me levou de volta pro mesmo lugar.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Metade
A cabeça, cheia, pesada de idéias perdidas e pensamentos sem razão, já não consegue mais dar conta.
Três dias foram o bastante. O bastante pra ver que falta alguma coisa.
Tá, sempre falta, blá blá blá, "você nunca tá satisfeita!", blá blá blá, sei de tudo isso.
Mas às vezes a gente não sabe explicar muito bem o que espera, o que procura. Sinto aqui aquela sensação permanente de incompleto, de metade. E quando tento me concentrar pra descobrir o que me falta, perco um pouco do ar, da noção...
E tá sendo assim há algum tempo.
A verdade é que existe uma razão pra eu nunca deixar ninguém entrar. Quando eu me privo de olhares, de amores passageiros, de coisas assim, completamente sem sentido, é por um motivo muito óbvio: não sei lidar com isso. Nunca soube.
Grito intensidade... Como diz uma grande amiga minha, eu sinto em negrito, CAPS LOCK, sublinhado...
Não adianta. Quando gosto de alguém, gosto de alguém. Não sou meio termo, não sou o que a maioria espera de mim.
Não sei ser essa garota que a cada dia tem um amor diferente. Não sei ser essa menina indecisa, que não sabe escolher com quem quer ficar... E isso me estraga. Isso me faz ser diferente, mas cansativa, insistente daquela forma chata, daquele jeito que só quem tem muito jeito consegue aguentar. E você acha que não sei disso?
É por esse motivo que fico me escondendo, engolindo as palavras, transbordando orgulho. E fico remoendo vários pensamentos inúteis nesse meio tempo... Não adianta. Sinto tudo sozinha.
E eu sei que 87,4% das coisas que me colocam nessa área desconfortável são aqui da minha cabeça. Porque eu penso demais, imagino demais, calculo todas as possibilidades... sofro por antecipação. Não sei simplesmente "deixar rolar", porque sempre acho que alguma coisa tá errada...
A gente às vezes cansa de tomar a iniciativa e não ser correspondida, sabe?
Ou de correr atrás e não receber "retorno".
E claro que morro de medo que tudo isso esteja acontecendo porque EU estraguei com esse meu jeito "profundo" de sentir tudo demais.
Mas olha BEM pra mim. Eu tô tentando, de verdade. E de peito aberto, como sempre... E na realidade, eu nunca lidei com uma situação como essa.
Você pediu calma, pediu a velocidade mínima, e me disse que ia ficar tudo bem... Eu confio em ti.
Tá difícil aqui. E sei que você não espera isso de mim...
Mas tá difícil porque não tô acostumada. Me sinto um pouco perdida no meio do nada, esperando alguém me buscar pra mostrar o caminho certo. Sempre disse que era um labirinto... e eu sigo perdida. Fico tonta procurando uma saída.
Mas sempre que eu paro e penso nisso tudo, sempre chego na mesma conclusão... Não importa o que aconteça daqui pra frente. Tô disposta a esperar o tempo que for preciso. Não vou sair daqui até que me digam com TODAS as letras que tô perdendo meu tempo.
Você é como um cubo mágico. É difícil chegar até a solução... mas juro, sou paciente.
E a gente precisa ser honesto com o que sente... e aqui tá tudo o que eu sinto, o que grito, o que quero que você entenda. E se o que falta aqui é uma resposta tua, eu seguro a barra.
Vai dar tudo certo.
Né?